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quinta-feira, 16 de julho de 2009

Meio Sonho - por Yuri

Eu nunca pensei que por outra vez eu sentiria falta de sua ausência.
Mas acho que todas as suas palavras secarão, e já passou da hora de eu ir embora daqui.
Me deixe ir chorar minha infância perdida sem paternidade.
E te juro e acredito que ainda você possa dormir em paz.
Foi como um adeus sem despedidas, sem abraços. E tudo se secou! E eu jurava que você era importante.
Eu fui pra você a consequência de um ato de diversão deixado para trás. O amor que eu sentia por você se cansou de mim, mas ainda sinto a ligação de que não sairei desse labirinto que sempre me faz recordar seu olhar disfarçado.
Heim? Em nenhum de seus pesadelos você chorou sua ausência por mim? Acalme-se!
Vá e tome um belo copo d’água com açúcar que logo depois verás que tudo era uma bela chuva obscura, e que você me ama e que se arrepende de tudo que não fez, sabendo que já é tarde demais. E que este sim é um meio sonho. E tente não chorar tanto nele, pois lamento dizer: não estarei mais aqui pra secar suas lágrimas com aquele cuidado, afeto e carinho.
Pois tudo secou. E se foi. Igual a você. E se não acreditar olhe em meus olhos e verás.
Não quer mais lágrimas? Tente não se afogar no mesmo mar novamente e cometer o mesmo erro com o próximo.Me lembro daquele antigo dia... minha vontade era de ter te jogado da sacada com todas aquelas suas tonteiras de falsidade. Mas sei que ainda tenho um coração bom e iria chorar pelo ato em seus aposentos. Mesmo hoje, sem amor dentro de mim. E a vida é curta pra eu ficar aqui nesse capítulo perdendo tempo com você. Não pensava que a simples falta do ato poderia me despertar tanta dor. Aquele último abraço amargo e um bando de palavras falsas bastaram para despertar minha atenção. Preferia que tivesse me ofendido com más palavras, não sombrias, a ter cometido este ato tão congelado. Mas quando você vai entender que eu não preferia um carrinho azul? Dei meu amor inocente juvenil e você o preferiu enfeitá-lo com bombons e roupas de seda, tentando me fazer entender que essas coisas irão combater sua ausência. Mas você roubou minha felicidade, rasgou todas as roupas de seda, cuspiu o vinho caro em seu próprio copo de plástico.
Eu?
Me perco nas ruas, vou à beira do mar quando há chuva e desabafo com as frisas, fico lá até o dia seguinte amanhecer, as lembranças vão embora, anoitece e elas criam bolhas de ar e vão embora, durmo e em meus pesadelos elas se estouram, me despertando para a realidade outra vez.
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Visitem Yuri
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4 comentários:

Ana disse...

Yuri, saudade, meu!
Ainda bem que tu voltou!
Muito legal teu texto!
"cuspiu o vinho caro em seu próprio copo de plástico" - adorei esta parte!
Manda mais!
Beijo!

yuri disse...

Oláa Ana
saudades tb. *-*
Muiito obrigado!!!
q bom *-*
bjão.

Ana disse...

Beijos, Yuri! :)

Anônimo disse...

Amei esse de paixaaão \z