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(Aviso: Os textos em amarelo pertencem à categoria
Eróticos.)




sábado, 25 de julho de 2009

Deixe-me Nascer - por Esther Rogessi

Sonhos de juventude, tudo parecia fácil...
Vida sem compromisso, só farra e vadiagem.
Entre tantas vadias, vadiei com Maria. De noite, e de dia.
Sem profissão, sem carteira assinada. - Tal qual bombeiro, apaguei muito fogo... E, jamais, fogo neguei!
Um bico aqui, outro ali... Foi assim que eu vivi.
Nunca quis estudar... Jamais me interessei. Pra quê perder anos da vida debruçado em cima dos livros?
Quero ganhá-la vivendo! - Pensava...
Mas, um dia, conheci Biatrix. A Trix, a Bia, a Biá, a mulher da minha vida... E a vadiagem acabou!
Gente de bem! Moça estudada, enfermeira formada, e ainda cursando a Faculdade de Medicina, enquanto que eu... vivendo com a merda em cima!
Corri para os estudos, não queria envergonhá-la. De supletivo em supletivo, terminei o 2º grau. - Só o amor transforma!
Não conhecia meu pai. Poderia ter sido qualquer um, acho que foi... de qualquer idade, sei lá...
Mal gerado, mal nascido e mal vivido...
Um feto que nadou no álcool, ao invés do líquido amniótico! Que espirrou na cadeira de uma mesa de bar e quase foi ao chão! (foi assim que eu nasci). Quando a parteira me pegou pelos pés e deu-me uma palmada... Junto com o coé, saiu da minha boca uma baforada de maconha, e ao aspirá-la a “parteira” bambeou nas pernas e tropeçou. - A minha mãe, era um poço de virtudes!
Não queria que eu nascesse. Acertou com uma “enfermeira,” para fazer o aborto, e na noite que antecedeu o dia do meu planejado assassinato... Ela, minha mãe, sonhou: e, não sabia se tinha sido sonho ou realidade... Ouviu-me chorar dentro do seu ventre e dizer: “Deixe-me nascer.”
Não sei como nasci tão lindo... E, sem sequela alguma...
É que Deus, é o dono da vida e da morte.
Não entendo como esta beleza externa permaneceu. Foi a bondade de Deus! Ele tinha reservado para mim, um jumbo chamado Beatrix!
A Trix! Culta e perfumada, linda... Morenaça! Massa! Avião!...
Minha mulher! E mãe do meu filho João.



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Um comentário:

Ana disse...

Legal sua história, Esther!
Gostei.
Beijo.