Ontem foi um dia especial.
Sabe aqueles dias em que você deixa de pensar nos outros para só visualizar você mesmo e seu âmago?
Dias assim são raros, mas acontecem.
Ontem acordei com o ímpeto de cuidar de mim! E como foi bom!
Como toda mulher que se preza, a maior das benfeitorias que você pode se fazer é ir até um salão de cabeleireiro - aparar os cabelos, revitalizar o corte, mudar a cor dos esmaltes de pés e mãos e, para concluir, uma boa limpeza de pele.
Nada, nada mesmo, concordo com as mais fúteis, para deixar você bem enquadrada na vida atual.
De repente, anos caem por terra no seu semblante.
Você rejuvenesce por dentro e por fora.
Como uma repaginada no visual não exclui de meus planos roupas e sapatos novos, decido ir ao shopping, mesmo que seja só para observar as novas tendências. Sigo em direção a minha loja preferida e constato, depois de meia hora por lá, que já estou de posse de três sacolas, haja vista que minha nova performance clamava por roupas de acordo.
Mas a alegria de quem amanhece com esse estado de espírito não termina aí.
É importante rechear a alma com o supérfluo, mesmo que seja só para usufruir de uma satisfação momentânea.
Com essa meta em mente, vou seguindo leve e solta pelo shopping.
Observo as pessoas em volta e noto-as, quase todas, ocupadas e preocupadas em correr. Parece-me que estão atrasadas, talvez trabalhando, e suas feições contritas exigem imediatismos que destoam por completo da minha forma de ser naquele contexto, a de total contemplação.
Compro um saco de pipocas - aquele saco grande e decorado com pipoca mista, leite condensado e amendoim - imenso, como a minha sensação de liberdade.
Vou caminhando e percebo que algumas pessoas se detêm em mim. Talvez alguma coisa no meu visual ou mesmo na forma de carregar as sacolas que, a essa altura da minha satisfação, esvoaçam como eu, ao caminhar.
Não me perturbo e sigo minha caminhada. Passo por uma livraria e decido entrar. Logo ali, onde eu vinha contendo, há meses, despesas não prioritárias... Deparo com aquele lançamento de dezembro do ano passado, ainda não lido, sorrindo para mim.
Imagino-me poderosa e entre uma pipoca e outra peço à vendedora que separe não só ele, mas mais dois outros livros que me chamaram a atenção.
Ainda extasiada com minha ousadia, ao sabor das pipocas, já parada no caixa, sou chamada à razão pela atendente que me pergunta - seca e irritantemente - pela forma de pagamento.
Sabe aqueles dias em que você deixa de pensar nos outros para só visualizar você mesmo e seu âmago?
Dias assim são raros, mas acontecem.
Ontem acordei com o ímpeto de cuidar de mim! E como foi bom!
Como toda mulher que se preza, a maior das benfeitorias que você pode se fazer é ir até um salão de cabeleireiro - aparar os cabelos, revitalizar o corte, mudar a cor dos esmaltes de pés e mãos e, para concluir, uma boa limpeza de pele.
Nada, nada mesmo, concordo com as mais fúteis, para deixar você bem enquadrada na vida atual.
De repente, anos caem por terra no seu semblante.
Você rejuvenesce por dentro e por fora.
Como uma repaginada no visual não exclui de meus planos roupas e sapatos novos, decido ir ao shopping, mesmo que seja só para observar as novas tendências. Sigo em direção a minha loja preferida e constato, depois de meia hora por lá, que já estou de posse de três sacolas, haja vista que minha nova performance clamava por roupas de acordo.
Mas a alegria de quem amanhece com esse estado de espírito não termina aí.
É importante rechear a alma com o supérfluo, mesmo que seja só para usufruir de uma satisfação momentânea.
Com essa meta em mente, vou seguindo leve e solta pelo shopping.
Observo as pessoas em volta e noto-as, quase todas, ocupadas e preocupadas em correr. Parece-me que estão atrasadas, talvez trabalhando, e suas feições contritas exigem imediatismos que destoam por completo da minha forma de ser naquele contexto, a de total contemplação.
Compro um saco de pipocas - aquele saco grande e decorado com pipoca mista, leite condensado e amendoim - imenso, como a minha sensação de liberdade.
Vou caminhando e percebo que algumas pessoas se detêm em mim. Talvez alguma coisa no meu visual ou mesmo na forma de carregar as sacolas que, a essa altura da minha satisfação, esvoaçam como eu, ao caminhar.
Não me perturbo e sigo minha caminhada. Passo por uma livraria e decido entrar. Logo ali, onde eu vinha contendo, há meses, despesas não prioritárias... Deparo com aquele lançamento de dezembro do ano passado, ainda não lido, sorrindo para mim.
Imagino-me poderosa e entre uma pipoca e outra peço à vendedora que separe não só ele, mas mais dois outros livros que me chamaram a atenção.
Ainda extasiada com minha ousadia, ao sabor das pipocas, já parada no caixa, sou chamada à razão pela atendente que me pergunta - seca e irritantemente - pela forma de pagamento.
Visitem Adir Vieira
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Um comentário:
Minha cara Adir:
Muito bom seu texto! Você nos faz rir, nos faz passear pelos mais diferentes lugares, nos faz seguir blocos carnavalescos, fazer compras na feira e no supermercado, participar de big festas... Agora vagueamos pelo shopping dentro de sua mente... Muito legal! Só você!
Beijos mil!
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