Querido Brógui:
Cenário: supermercado. Personagens: açougueiro, promotora de vendas, eu.
Situado? Então vamos lá:
Estava eu há aproximadamente meia hora em pé na fila da carne, disposta a economizar alguns trocados já que era dia de promoção. Apesar disso, ainda estava com relativo bom humor porque estava com meus fones de ouvido devidamente posicionados, o que me ajudava a não escutar aquele cara insuportável que fica, ad nauseam, gritando as ofertas do minuto.
Musiquinha vai, musiquinha vem, eu meio que dançando apoiada no carrinho, comendo uma batata frita (que paguei na saída, viu?) ignorando os olhares desconfiados de gente que não sabe como é bom dançar enquanto se escolhe a melhor marca de sabão em pó ou o iogurte mais em conta. Repentinamente, Murphy comparece. Acabou a pilha do mp3. Putz, putz, putz. Mil vezes putz. Vou ter que ouvir o cara do microfone, dar papo pras velhinhas da fila e de quebra ouvir o pagode que tocava como som ambiente. Calma, relaxa, tudo vai dar certo.
Quando chega a minha vez, o açougueiro pergunta o que eu quero e, antes de eu responder, a promotora de vendas se aproxima do balcão para cumprimentar o colega. O cara dispara: “Sua voz é um colírio para meus ouvidos!”
Hein? Colírio nos ouvidos? Será que eu ouvi direito? Será que estou precisando de umas gotinhas de colírio para melhorar minha audição?
O fato é que, aparentemente, apenas eu percebi a gafe. A colega promotora de vendas se derreteu toda, lisonjeada. É aquela coisa: há sempre um pé velho para um chinelo descalço. Ou será ao contrário?
Cenário: supermercado. Personagens: açougueiro, promotora de vendas, eu.
Situado? Então vamos lá:
Estava eu há aproximadamente meia hora em pé na fila da carne, disposta a economizar alguns trocados já que era dia de promoção. Apesar disso, ainda estava com relativo bom humor porque estava com meus fones de ouvido devidamente posicionados, o que me ajudava a não escutar aquele cara insuportável que fica, ad nauseam, gritando as ofertas do minuto.
Musiquinha vai, musiquinha vem, eu meio que dançando apoiada no carrinho, comendo uma batata frita (que paguei na saída, viu?) ignorando os olhares desconfiados de gente que não sabe como é bom dançar enquanto se escolhe a melhor marca de sabão em pó ou o iogurte mais em conta. Repentinamente, Murphy comparece. Acabou a pilha do mp3. Putz, putz, putz. Mil vezes putz. Vou ter que ouvir o cara do microfone, dar papo pras velhinhas da fila e de quebra ouvir o pagode que tocava como som ambiente. Calma, relaxa, tudo vai dar certo.
Quando chega a minha vez, o açougueiro pergunta o que eu quero e, antes de eu responder, a promotora de vendas se aproxima do balcão para cumprimentar o colega. O cara dispara: “Sua voz é um colírio para meus ouvidos!”
Hein? Colírio nos ouvidos? Será que eu ouvi direito? Será que estou precisando de umas gotinhas de colírio para melhorar minha audição?
O fato é que, aparentemente, apenas eu percebi a gafe. A colega promotora de vendas se derreteu toda, lisonjeada. É aquela coisa: há sempre um pé velho para um chinelo descalço. Ou será ao contrário?
Visitem Fatinha
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3 comentários:
Você é ótima....sempre me divirto eme identifico.
Ah, visitei teu blog e adorei.
Fatinha:
Concordo TOTALMENTE com você!
Embora concorde com o Bruno quando diz que o uso indiscriminado do mp3 afasta as pessoas, acho que ele é ótimo para certas situações em que somos invadidos por ruídos externos e indiscrições as mais variadas. mp3 combina com supermercado e fila de forma absolutamente harmônica!
Muito legal o seu colírio!
Beijos!
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