Você sempre vinha com perguntas indiscretas. Todas as vezes eu te dava respostas curtas, tipo: sim, não, nunca, talvez. Mas você insistia e não parava de me atentar. Por isso, peste, risquei você do meu caderninho de uma vez por todas. Por quê? Ninguém aguentaria, como eu, tamanha encheção de saco! Vai conversar com teu cachorro! Ele vai te aturar mais tempo que qualquer humano, pois a diferença de linguagens vai proteger o coitado e dar a você a falsa impressão de estar sendo ouvido. Mas, por favor... não aprenda a latir!
.
.
2 comentários:
Muito bom! Você hoje estava inspiradíssima. Além de cheia de consciência sobre as inadequações dos homens, seu humor estava afiadíssimo. Adorei. Beijo.
Pois é, né, Alba... Quem diria... Lélia também faz humor...
Ficou legal!
Beijo!
Postar um comentário