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quarta-feira, 29 de abril de 2009

Tirem-lhe o Mofo e as Teias! - por S. Ribeiro

Estive meio morto por estes dias. Assim, desconstruído, médio. Vocês sabem quando os pratos escorregam das mãos? Pois é quase isto.
É isto que te digo em meio aos laços da cidade. Saiba, pois, que estive pensando não mais repetir as palavras, vossos olhos estão cansados. Deixe que eu te leve ao silêncio pelo meu verso inaudito. Você perdeu muitos interesses pelos séculos, ainda te espero. Te cabem mais explicações? Sim, as deixo.
Hoje só existem poetas retóricos, em neon. Só surgem estas placas de ensimesmamento delirante, os poemas parecem pinturas... que não são as de Toulouse-Lautrec! Não me repreendo nem me esqueço. Minha lira é inclusive transição, tentativa, erro, esquecimento.
Tu que me colhes e me aceitas, entendes, que te esclareço (peço por esclarecer-te) que em minhas palavras te carrego e te faço inclusive surgir por entre elas! Me esqueça, se quiseres. Não te esqueça que ainda escrevendo sou pequeno, só subscrevo vossa pequenez. Tu que lês, não me mortifiques, pois sou somente a tentativa de nos unirmos.



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Um comentário:

Ana disse...

S. Ribeiro:
Gostei muito. Como sempre, profundo.