A angústia que tens
No entanto te peço
Teu tempo uns vinténs.
Sentir o que sentes
Comum é de fato
Pois somos viventes
Da dor deste parto.
Conheço a doença
Que agora reclamas
Pois tem ela presença
Neste globo em chamas.
Somos requisitados
A todo momento
Por seres agitados
Em aconselhamento.
É pura ilusão
De nossa vaidade
Querer do cristão
A solidariedade.
Desta síndrome, Alba
Sofreram os prelados
Angústias na alma
Ouvindo os pecados.
Sozinhos ficavam
C’os males alheios
E se estertoravam
Dos próprios anseios.
Os queixumes ouvir
D’outros é vitória
Tirando proveito
Da dor da escória.
Somos convidados
Ao aprendizado do amor
No entanto guindados
À lição pela dor.
Não desista amiguinha
Ao conselho do Santo
Pois “só se recebe”
Com a mão “do é dando”.
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Resposta à “Urgência” de Alba Vieira.
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Visitem Paulo Chinelate
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Um comentário:
Muito boa sua poesia, Paulo!
Que resposta legal!
Parabéns!
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