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15 comentários:
Sonhando com o Copacabana Palace
Tem pessoas na vida, tão tranqüilas que são, que nos enchem de paz e nos fazem sentir absolutamente seguras em sua companhia.
É aquele jeito de que tudo está bom.
Tudo é perfeito e transformável ao seu bel prazer. Parece que o mundo conspira a favor, dispondo tudo ao redor de uma forma magnificamente feliz.
Ao chegar na casa dessas pessoas você já sente a boa receptividade no ar. Alguma coisa é nova e aí, você sente que mora mal, tamanha a claridade, a entrada de ar e o sol. Ah ! o Sol!
Sem exagero, no verão, na sala, se você passar no corpo desnudo um filtro solar ou um bronzeador, vai pegar a cor ideal vendo TV. A sala é ampla e tem dois ambientes, meu sonho de consumo. A decoração de todos os cômodos é alegre como os seus donos e suas paredes são ornadas com quadros multicoloridos, produzidos por uma das moradoras. Ainda na sala, temos a nossa disposição, TV/DVD/som, sem que tenhamos que pular cadeiras para chegar às tomadas.
O janelão, razão de eu nomear a casa de Copacabana Palace, deixa a mostra todo o bairro e nos torna dentro da casa, uma extensão dele, além de nos fazer visualizar, sem esforço, as moradias de, no mínimo, três pessoas conhecidas. Ah! Se eu tenho um binóculo! Garanto que os três, sem saber, estariam participando do meu “Big Brother”.
Esse mesmo janelão, à noitinha, empurra para dentro o vento, aquele que me lembra as regiões praianas – seguro, suave e constante – que vem para nos refazer do dia e para ordenar nossos pensamentos inúmeros, quando em contato com seres como os donos da casa. Não sei se a proximidade com a casa de entes queridos ou sei lá o quê, essa casa traz uma calmaria inconfundível.
A cozinha, prática e sem as frescuras da época atual e a variedade de pratos já preparados para a nossa chegada, faz com que nos sintamos em um apart-hotel. Sabe aquela coisa de abrir o frigobar e escolher o que comer na hora que quiser ?
Banho, sono ? Nunca em horários pré-determinados, só depois de cumpridas as conversas intermináveis, a ponto de nos deixar sugar aprendizados dos mais variados estilos, surgidos nos longos bate-papos.
O estranho é que não há para fortificar o prazer, praia próxima, danceterias, bares da moda, nem restaurantes aprazíveis. Todo esse glamour está dentro da própria casa. Só o que há e enche o ambiente é a presença e a luz dos donos do local, pessoas felizes e designadas para fazer o bem.
Com poucas pessoas assim, no dia a dia, tive o prazer e a glória de conviver, mas confesso que um grande vazio se instala em nós, quando deixamos o local, na hora da separação.
Foi o que eu mais senti na minha volta para casa, depois de passar quatro dias em perfeito estado “zen”.
A perua II
A perua se faz notar sempre do mesmo jeito.
Suas roupas são diferentes das de todo o mundo. Se a moda é saia comprida ela usa micro-saia. Se os tecidos da ocasião são discretos, ela usa os mais berrantes.
Adereços não lhe faltam e tem que ser multicoloridos. Nunca lhe faltam cremes, pós e qualquer produto que colora a sua face e deixe sua pele com outro aspecto. Chego a pensar que qualquer empresa de cosméticos que tivesse como cliente apenas dez ou vinte delas, jamais fracassaria e em menos de dois anos já teria formado várias filiais.
A perua caminha diferente, senta diferente, fala diferente e, logicamente, pensa diferente.
Crê firmemente que os adereços e as vestes tem o poder de transformá-la de bruxa em princesa. Se arrisca uma olhada ao espelho, nunca se vê, verdadeiramente.
Sua voz assume entonações diversas, dependendo de com quem está falando e de onde esteja.
Seus braços, então, acredita ela, que foram pendurados ao corpo com a função de auxiliar a linguagem e todo o resto.
Se caminha, são eles que se mexem antes dos pés, se fala, cada palavra é acompanhada de gestos e mais gestos, como se o ouvinte fosse deficiente auditivo.
A perua é única. Acha que o mundo é dela.
Quer fazer mal a uma perua ?
Finja-se de morto quando ela estiver por perto ou quando passar por você peruando.
O Bloco
Estamos no Carnaval.
Assumo minha raça africana e vejo-me saltitando feliz no bloco de sujos.
Foi o primeiro que passou na rua onde moro, no Subúrbio. Devia ter aproximadamente umas quinhentas pessoas. Diferentes umas das outras mas, inexplicavelmente, integradas no sentimento. A atitude geral é única e visa, exclusivamente, jogar para fora emoções reprimidas e alegrias do momento.
Ali não existe médico,professor, estudante ou mendigo. Todos querem cantar e pular e eu me junto aos demais, sem sentir.
Todos se sorriem, se afagam e se cumprimentam como se fossem amigos de outrora.
Reparo, naquele momento, que já percorri duas ou três quadras com o grupo e extasiada, vejo-me ensaiando passos de porta-bandeira, quando um dos integrantes junta-se a mim para compor o par, usando como estandarte a vassoura do gari.
Graças a minha ingenuidade, minhas roupas são comuns, aquelas usadas para ir à padaria à tardinha e quando meu lado inconsciente avisa-me de onde estou, posso desviar-me do bloco pela lateral e retornar à casa, comportadamente, como se em algumas horas eu não tivesse viajado à lua.
Shintoni, olá. Obrigada pelo recadinho no meu site, o Beleleo. Parabéns pelo blog. Cheio de conteúdo interessante, ideia bacana a sua. Venho sempre visitá-lo. Abraços, Isabel.
Comentário por Clarissa — 1 fevereiro 2009 @ 17:45
Olá Shintoni
Muito obrigada pelos elogios!=)
Será uma honra participar do blog.Assim que fizer algum texto que se encaixe aqui,te mando.Mas como faço para mandar?
Clarissa
Comentário por marcello amorim — 3 fevereiro 2009 @ 11:57
DESASSOSSEGADO
Desassossegado?
Como explicar esse desassossego?
Esse pragmatismo da minha condição humana?
Desse absurdo?
Por vezes não sou eu
Sem raciocínio, sem personalidade
Uma autobiografia sem fatos, mutilada
Sem afetividade, sem prosa…
Fragmentos da minha dramaticidade
Vida de jogos, de máscaras
Uma existência inviável, inútil, imperfeita,
É tudo tédio, trágico, indiferente
São investigações íntimas
Sensações provocadas pelo anonimato,
Pela cotidianidade de subvida
Universo que interessa somente ao desassossegado…
marcello amorim
Comentário por marcello amorim — 3 fevereiro 2009 @ 12:00
NOITE FRIA, CORAÇÃO AQUECIDO…
Esta noite está muito fria, é quinta-feira, olho pela janela e percebo a cidade silenciosa, escura, coberta de uma névoa, ninguém passando em suas ruas… Aliás, raramente alguém passa a noite por estas ruas próximas a minha casa, pelo menos caminhando. Sei que amanhã, talvez, verei as ruas movimentadas. Todos em busca de sol.
Diante da janela volto-me o olhar para a cama, meus olhos acabam por perderem-se na beleza da minha amada sob o edredom, dormindo mergulhada em sonhos da noite, que logo pela manhã me serão revelados por ocasião do café da manhã…
Pela força do hábito, passo a me interrogar se isso é felicidade. Está ali, na janela do quarto, procurando encontrar-se com o sono e se ver numa encruzilhada de pensamentos sobre o que é ser feliz. Fico a pensar: Porque a teimosia da alma em buscar a felicidade? Ah, deve ser para expor-la aos filhos como receita de objetivos da vida. Ou talvez como argumento pessoal de auto-sustentação emocional. Sei lá, só sei que esses fatos se repetem de vez por outra…
Tento recolher-me – afinal minha cama está quente, minha outra metade está lá… Volto pra cama relutando, em protesto e na tentativa de dormir, voltam-se os pensamentos, rondando-me como que querendo me arrastar para um turbilhão de dúvidas e incertezas. E insiste.
Fecho os olhos, faço uma prece, repentinamente sinto deslizando lentamente sobre minha face, lágrimas acompanhadas com um sentimento tão nobre e impossível de ter-lo espontaneamente. Levanto-me rápido, vou ao quarto ao lado e vejo minha filha Milena embrulhada sob os lençóis como um lindo presente do Alto.
Novamente no meu quarto, agora convencido que sou feliz, beijo suavemente minha companheira e agradeço aquele frio que faz lá fora, mais que não consegue congelar meu coração.
É, faz frio de doer, mais sinto o coração aquecido. É ELA, a FELICIDADE em pessoa…
Comentário por marcello amorim — 3 fevereiro 2009 @ 12:03
EU PROMETO
As mensagens de felicitações pelo novo ano que se aproximam são muitas. Meu e-mail está lotado de mensagens que meus amigos, parentes e empresas fazem questão de enviar. Até aonde essas mensagens expressam a verdade? Elas são frutos da imposição da data? São mensagens construídas pela obrigatoriedade da relação com o destinatário ou estratégia de marketing de vendas?
Bem, mesmo sem ter certeza dos principais objetivos destas mensagens, prometo em não prometer nada, além de me concentrar em destacar o quanto à chegada de um novo ano que nos leva a refletir sobre nossas realizações e frustrações. Frutos de promessas que fazemos e não cumprimos. Eu mesmo me encontro naufragado em inúmeras promessas às pessoas a quem amo.
A cada novo ano, fazemos uma lista de promessas a nós mesmos e não conseguimos por muitas vezes cumprir-las. Se já é difícil cumprir individualmente, imagine cumprir às outras pessoas.
Na realidade, neste fim de ano ao invés de prometer é melhor agradecer. Por isso quero (?) tão somente agradecer.
Quero agradece a Deus por me perdoar as promessas que o fiz e não as cumprir. Aos meus filhos pelas mais simples promessas não cumpridas como as mais complexas. Principalmente as de minha presença mais constante e na realidade foram ausências nunca antes contabilizadas.
Quero agradecer ainda a minha companheira que mesmo depois que descumprir várias promessas empenhadas, ainda está ao meu lado para juntos caminharmos neste novo ano.
Agradeço ainda meus patrões e clientes que acreditaram no meu potencial e tivemos vários projetos concluídos com sucesso. Ainda há gratidão por meus amigos, àqueles de muitos anos de amizade e outros que conquistei durante este ano.
É, melhor do que prometer só me vale agradecer. Tenho muito que agradecer neste ano e a muitos. Seria uma lista infindável. Ninguém caminha só.
Há vocês que lêem meus artigos, crônicas e poemas, quero “quebrar” minha promessa registrada acima neste artigo de não prometer nada e prometer somente duas coisas: - Me esforçarei para ser melhor profissional – pai – filho – marido e amigo, desejando que o amor divino possa abençoar a todos e que 2009 seja repletos de realizações, saúde e paz.
Prometo ainda ser, inquestionavelmente, um cumpridor de promessas!
Quero meu dinheiro de volta
Estou no caixa de um grande supermercado. Diferentemente do mercadinho próximo à minha casa, a moça que me atende é seca e sem visão. Treinada apenas para pegar os produtos, olhar e aproximar seu código de barras da caixa registradora atual, ignora o cliente e trabalha como um robô.
Não nego seu direito a essa forma inóspita de trabalho, mas obrigo-a a reparar em mim, quando ela, num gesto brusco, revelado pelo seu cansaço ou talvez pelo seu mau humor , deixa cair uma garrafa de suco já registrada em minha conta, espalhando todo o seu conteúdo encima do balcão.
De pronto, estabelece-se entre nós um diálogo sem sentido. Diz ela que não pode excluir o produto porque já fechou a nota e que eu, portanto, devo aguardar que a recepcionista vá em busca de nova garrafa. Digo-lhe que aguardarei e após quase dez minutos, quando uma imensa fila tem tempo para se formar atrás de nós, a recepcionista retorna com a resposta de que não tem em estoque o produto por mim escolhido e quebrado pela caixa. Já começo a me enervar com o mau atendimento, quando ela diz que me dará um crédito para ser utilizado em outra ocasião. Sua voz soa magnética como a de um robô, o que, agora, já me irrita. Nego-me a aceitar tal crédito e a resposta que ela me dá é de que devo aguardar pelo gerente. Aí quem se irrita é a fila que não entende o porquê da espera. Aviso à pessoa imediatamente atrás de mim que quero o meu dinheiro de volta e ela indaga sobre o valor do produto, prontificando-se a pagá-lo pelo mercado, devido ao seu ínfimo valor, para que ao menos a fila ande com a minha saída.
Argumento que não abrirei mão dos meus direitos de consumidora e digo que não aceitaria sua proposta nem que o produto custasse um centavo.
Ao mesmo tempo, compreendo porque meu país está de pernas pro’ ar. Nem o próprio consumidor se respeita.
A indecisão
Preparo-me para uma recepção de formatura.
Meu traje tem que ser bonito, único e adequado.
Posto-me diante do guarda-roupas, para resolver a questão.
Pés, mãos, cabelos, já foram preparados para a ocasião e não deixaram dúvidas quanto ao estilo.
No entanto, o traje, sapatos e bolsas, são a questão principal.
Peças e mais peças são provadas por mim. Faço maratona diante do espelho para definir o que combinar com os sapatos vermelhos de salto agulha.
O vestido longo, preto, tem pedras cor de mel na faixa da cintura e não cai bem com os sapatos abertos na gáspia. Escolho então a túnica bege com calças tipo pantalona, em tecido de festa e acho que acertei. No entanto os sapatos vermelhos destoam dos frisos marrons na borda inferior da túnica.
Após várias outras tentativas, decido-me enfim pela peça única em branco e para combinar com os sapatos vermelhos, orno-a com um cordão comprido e dourado com duas pedras vermelhas na ponta. Olho-me e confirmo que encontrei o modelo acertado.
Reparo que a cadeira ao lado está repleta de roupas a serem guardadas e enfadonhada, lembro-me de outrora, quando não tinha escolhas e era bem mais feliz.
Comentário por poneydoinferno — 6 fevereiro 2009 @ 17:22
De manhã
Nas pequenas horas da manhã
Apesar de todo o vasto mundo, eu me encontro rápido adormecido
É mentira dizer que eu nao vou pensar sobre a garota
E nem sequer pensar em contar ovinos
Quando o seu coração solitário vai aprender a lição?
Você deseja ser dela, mas só se ela fosse te chamar
Nas primeiras horinhas da manha
Esse é o tempo que falta ela mais do que tudo
Quando o seu coração solitário aprendeu a lição?
Você deseja ser dela, mas só se ela fosse te chamar
Nas pequenas horas da manhã
Esse é o tempo que falta ela mais do que tudo
Esse é o tempo que falta ela mais do que tudo
Coloco um saco plastico no rosto
Mas sinto mais falta dela que de ar
Pulo de cima do predio
Mas sinto mais falta dela que de assas
Quando eu acordo sem o calor dela
Esse é o tempo que falta ela mais do que tudo
Esse é o tempo que falta ela mais do que tudo
obrigado pelo convite
Comentário por Manhosa — 6 fevereiro 2009 @ 19:57
Sou a Paixão…
Fogo vivo… labaredas…
Loucura…
Desejo…
Jogo…
Vendaval…
Correnteza…
Mar tempestuoso…
Fogos de artifícios que explodem no ar…
Brilho… cores… luzes…
Choque… trovões…
Raios… descargas de energia…
Sabor de pecado…
Mistério carregado de ilusões
Uma alma que dança todos os ritmos…
É céu…
É inferno…
Insanidade…
Pura tentação…
Com um só beijo… pode queimar a boca…
Mas… aquece o coração…
Faz o corpo tremer…
Lavas escorrem do vulcão…
Todos me reconhecem…
Sou a paixão…
(Manhosa)
Comentário por escrevinhadora (fatinha) — 6 fevereiro 2009 @ 20:33
Olá shintoni: estou aqui com a minha afilhada que só tem 10 anos. Ela também quer participar mas os temas do bloga são muito complicados pra ela. Ela tá pedindo que você indique um blog onde crianças escrevam seus pensamentos, ou então que você crie um. Que tal?
Comentário por shintoni — 7 fevereiro 2009 @ 11:19
Escrevinhadora:
Há algum tempo já havia pensado no espaço infantil, mas não sabia se haveria demanda para ele. O seu pedido veio concretizar este projeto arquivado.
Agradeço à sua afilhada e a você pela oportunidade de torná-lo vivo.
Um enorme abraço e beijos às duas!
Comentário por shintoni — 7 fevereiro 2009 @ 11:21
E respondendo à sua pergunta: não conheço blog nestes termos para crianças. Aliás, no Terra ainda não vi blog infantil. Vou providenciar porque, afinal de contas, elas merecem e muito!
Comentário por shintoni — 8 fevereiro 2009 @ 13:42
Escrevinhadora:
O blog foi criado: http://diarioirado.blog.terra.com.br/
Inicialmente, era só para crianças, mas em menos de uma hora no ar recebi pedidos de ampliação da faixa etária e acabou sendo infanto-juvenil… Valeu pela sugestão!
Espero sua afilhada lá!
Um grande abraço!
Comentário por Lu Aline — 7 fevereiro 2009 @ 17:42
O erro da hora
o erro da hora, é que eu corro
e olho pra ela
sabendo que me atravessa a espinha
É que não olho muito
pro que fazer dela
o erro da hora é acabar
e eu tentar, me perder
mas nunca chegar
E depois ficar o desespero
o erro da hora que eu evito
ajustando o ponteiro,
em hora divididas
em sessenta medos
Fica tudo partido em cada tempo
que eu não alcanço
o erro da hora é a medida
que me põem nos regulamentos
da posição do Sol
incidindo na testa:
o suor de existir
o erro é que não importam as horas
eu espero, cismo, desanimo, me atino
o fio do tempo passando ou não
eu não me vejo e nem a você
é sempre tempo de solidão.
categora: solidão
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