“Bandeira é Bandeira! Estrela da Vida Inteira, poesias completas, imperdível!”
Resposta a “Manuel Bandeira vê ‘O Bicho’”, de Penélope Charmosa.
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E você? Que livro você considera imperdível?
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7 comentários:
Comentário por Alba — 8 fevereiro 2009 @ 14:40
Livro imperdível: O Caso dos Dez Negrinhos, de Agatha Christie. Suspense do início ao fim. Li numa noite. Gostei também de Os Elefantes Não Esquecem, O Assassinato de Roger Ackroyd, Assassinato no Expresso Oriente, Cai o Pano e Os Cinco Porquinhos.
Comentário por Alba — 8 fevereiro 2009 @ 14:42
Autor Inesquecível: José J. Veiga, em Os Cavalinhos de Platiplanto. O seu realismo mágico encanta e comove. Muito bom!
Comentário por Alba — 8 fevereiro 2009 @ 14:45
Um livro interessante: Dona Flor e Seus Dois Maridos. Li na adolescência, e trouxe uma nova realidade para minha vida, abriu minha mente para aceitar a realidade como é, sem preconceitos, achei tudo perfeitamente natural.
Comentário por Alba — 8 fevereiro 2009 @ 14:49
Um livro enriquecedor
O Cortiço me mostrou, pela primeira vez, o que era menstruação antes que acontecesse comigo. Muito legal! Este livro é fantástico! À vera!
Comentário por Alba — 8 fevereiro 2009 @ 14:51
Autor interessante
José de Alencar com a inesquecível Senhora, que muito me ensinou sobre a arte de ser adequada. Depois aprendi a contrariar isto tudo.
Comentário por Alba — 8 fevereiro 2009 @ 14:58
O poema da minha vida: Eros e Psique, de Fernando Pessoa
Maravilhoso e inesquecível! Sei de cor. Já recitei pra mais de mil pessoas. Adoro!
Conta a lenda que dormia
Uma Princesa encantada
A quem só despertaria
Um Infante, que viria
De além do muro da estrada.
Ele tinha que, tentado,
Vencer o mal e o bem,
Antes que, já libertado,
Deixasse o caminho errado
Por o que à Princesa vem.
A Princesa Adormecida,
Se espera, dormindo espera,
Sonha em morte a sua vida,
E orna-lhe a fronte esquecida,
Verde, uma grinalda de hera.
Longe o Infante, esforçado,
Sem saber que intuito tem,
Rompe o caminho fadado,
Ele dela é ignorado,
Ela para ele é ninguém.
Mas cada um cumpre o Destino
Ela dormindo encantada,
Ele buscando-a sem tino
Pelo processo divino
Que faz existir a estrada.
E, se bem que seja obscuro
Tudo pela estrada fora,
E falso, ele vem seguro,
E vencendo estrada e muro,
Chega onde em sono ela mora,
E, inda tonto do que houvera,
À cabeça, em maresia,
Ergue a mão, e encontra hera,
E vê que ele mesmo era
A Princesa que dormia.
Comentário por Alba — 8 fevereiro 2009 @ 15:22
O poema que é mais que um tapa na cara! Bom demais!
Versos Íntimos
Augusto dos Anjos
Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão - esta pantera -
Foi tua companheira inseparável!
Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.
Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.
Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!
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