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sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Eu Não Sou Assim! Mas Sou... - por Luiz de Almeida Neto

Há algo de diferente de mim mesmo
dentro de mim
Tal qual um estranho
rebelde e insubordinado
que nunca obedece aos meus apelos

Fico sério, quieto, sossegado
e não quero mais que isso
Então eis que o estranho se aproxima
com desejos e vontades
intromissões e arrepios

Não quero fazer nada
muito menos escrever
Mas a mão começa a tremer
dirigindo-se irremediavelmente
à folha de um branco sem fim

Sussurro, rogo pelo amor de Deus
que se acabe este impulso
que segure este anseio
que não posso mais me expor
Não tem jeito
e quando me dou conta
há folhas cheias pela sala

O estranho se esvai
e eu respiro aliviado
não preciso mais escrever
tenho controle dos meus impulsos

Vejo de soslaio
no canto da sala
o raio de uma garrafa de rum
Restante da noite de ontem

Ah, mão maldita!
Que entra pela minha boca
e devora todo o meu ser
Acho que sou mais verdadeiro
quando deixo minha mão guiar meu corpo…

.

2 comentários:

Anônimo disse...

Comentário por Mellon — 2 janeiro 2009 @ 14:24

Heey! Obrigada pelo comentário! bom, pelo que eu entendi tenho que postar meu texto nos comentários né? Então vou usar o que você viu mesmo:

Life is a dream that keeps me from sleeping

Eu sei como você usa as palavras. Quando você quer que alguém preste atenção em algum aspecto da sua personalidade ou na sua camisa, você diz que a pessoa é que repara nesse tipo de coisa, como se você não desse a mínima. E quando alguém repara em algo que você não esperava, você ri.

Você ri como eu rio. Porque nós dois achamos que podemos antecipar tudo, reações, diálogos, sentimentos. Você não pode. Nem eu.
Nós somos iguais e por isso ficamos tão distantes. Você sabe e eu sei que não teria graça se nos víssemos todos os dias, se tivéssemos conversas de cinco horas toda semana. Isso não tem graça para nós dois. Nós conversamos à distância, em silêncio.

Isso você não vai conseguir com qualquer outra pessoa. Eu posso até ser sua Mary Tyler More, mas também sou sua Audrey Hepburn. E no dia em que nos vermos, eu não vou mesmo dizer nada.

Anônimo disse...

Comentário por Ana — 12 janeiro 2009 @ 9:44

Muito bom, Luiz!