Algumas pessoas são assim, abundantes.
Não é preciso ser letrado, nem ter qualquer especialidade de formação. Não é preciso conhecer quiromancia, astrologia ou outras práticas adivinhatórias para se identificar as “abundantes”.
Basta que usemos de percepção e atenção e, pronto, assinamos embaixo.
É assim a minha amiga. Já nasceu maior que as irmãs. Sempre foi mais fofa, prestes a ser recheada de amor. Cresceu com o sorriso farto, aberto, grande como ela.
Suas roupas fugiam à moda. Seu corpo não permitia segui-la. Fazia questão das vestes enormes, soltas, para que pudesse inflar, sempre, ao sabor da situação.
Pratos pequenos? Vasilhas de tamanho médio? Qual o quê…
Sua predileção era pelos maiores, mais abrangentes, aqueles que pudessem acolher o máximo, sempre o máximo…
E seus sentimentos então? Sempre além da faixa mediana, circundava o volume maior na alegria e na tristeza…
É assim a abundância… Recheios caem pra fora das massas… Cremes pingam pelo chão... Farinhas criam tapetes brancos ao se derramarem…
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2 comentários:
Comentário por ana — 12 janeiro 2009 @ 15:42
adorei e me senti feliz por ser um pouco abundante. Abundante na ternura, na amizade,na lealdade e porque nao confessar na carne que enche a panela da minha alma
Comentário por Ana — 18 janeiro 2009 @ 11:47
ABSOLUTAMENTE LIN-DÍS-SI-MO!!!!!!!!!!!!!!!!! QUE IMAGEM AO FINAL!!!!!!!!!!! BELÍSSIMO!!!!!!!!!!!
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