Aproveitando que o filme teve sua estreia ontem, vou falar
um pouco de Maze Runner, de James Dashner. Ela é composta por sua
trilogia principal (Correr ou Morrer, Prova de Fogo
e Cura Mortal), um livro contando como tudo começou (Ordem
de Extermínio) e Arquivos: informações secretas. Vou me
ater à trilogia principal aqui.
Eu estava com Correr
ou Morrer guardado para ler há muito tempo, mas quando descobri que o
filme sairia este ano, ele passou para o topo da minha lista de leituras e não
me arrependo de ter feito isto. Este é um daqueles livros que, quando você
começa, não quer mais parar. Você fica preso naquela distopia, querendo saber o
que aconteceu e porque o mundo está tão errado.
Adolescentes lutando para sobreviver. Ok! Eu acabei de
descrever todos os livros infanto-juvenis de ação. Mas isto me leva a refletir
sobre a visão distorcida da adolescência que esses autores têm. Ou pior: o que
aconteceu com eles nesse período de suas vidas.
.
.
A série começa com Thomas chegando num elevador de metal à
Clareira, lembrando apenas o seu nome. E ao chegar lá conhece os clareanos,
todos garotos, que não estão em melhor situação. Só o que eles sabem é que todo
mês chega um novo garoto e que todas as noites as portas do labirinto fecham
(É! Eles estão no meio de um labirinto.) e de manhãs elas abrem. Mas tudo muda
quando no dia seguinte à chegada de Thomas surge uma garota trazendo uma
mensagem surpreendente e, como consta na sinopse, Thomas vai descobrir que seu
papel é muito importante naquele mistério todo. (Ok! Protagonista descobrindo
que é o chosen one. Nenhuma novidade aí). E os adolescente saem e
enfrentam perigos mortais (por que não?) em busca da saída.
A história é bem divertida e deixa o leitor numa apreensão
enorme. Tudo acontece muito rápido e não é para menos que o primeiro livro se
chama Correr ou Morrer. O livro tem muita ação e a imersão é tão
grande, que você vai pensar que nem precisa ir à academia. Você se sente lá e
fica numa enorme expectativa querendo saber o que está acontecendo. Como nenhum
deles lembra do seu passado, você se sente tão perdido quanto eles e se pega
pensando que eles devem ter feito muito mais do que não arrumar a cama para ter
indo parar lá.
Você passa por páginas e páginas e não descobre muita coisa
que ajude a solucionar o que está ocorrendo. Mas a história é construída de tal
forma, que mesmo você querendo soluções, isso não é o mais importante. A falta
de informação deixa o leitor muito perto do personagem e isso aumenta muito a
identificação. Durante os momentos mais tensos, você liga seu instinto de
sobrevivência junto com o Thomas e nos momentos que ele tenta entender o que
está acontecendo, também.
As sequências não facilitam nenhum um pouco a vida deles. Os
perigos aumentam e eles continuam correndo. Você recebe algumas respostas que,
honestamente, não são lá essas coisas; mas você se preocupa tanto em correr de
um lado por outro, que até releva. Isso não chega a prejudicar muito o livro,
porque acho que o mais importante não é o fim e sim a jornada.
Só não dá pra passar batido pelos graves erros de edição: em
alguns você para, olha, olha de novo e só depois que você consegue seguir.
Porém a ação e a narrativa conseguem compensar esses erros da edição.
Agora só falta conferir se o filme foi bem adaptado. Claro
que eu, como fã de Harry Potter, A Bússola de Ouro,
Percy Jackson e outros, não estou muito confiante. Mas vai que dá
certo...
Visitem Juliana
.
.
Nenhum comentário:
Postar um comentário