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quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Refazendo (Final) - por Duanny

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Acordei como se tivesse sido atropelada, na verdade eu queria mesmo era ter sido atropelada e ter sido levada pra longe de você, onde seus olhos não iriam poder mais me arruinar ou me humilhar como fizeram da última vez.

Mal tive tempo de constatar que estava mesmo viva quando meus olhos se encontraram com os seus. Você estava na cama, me olhando em tom de desaprovação, como se eu fosse uma estranha invadindo seu apartamento, eu ainda estava naquela poltrona de vinil, em que eu tanto tinha chorado. Sem cerimônias me levantei, me sentindo envergonhada por toda aquela situação, queria te pedir desculpas e dizer que eu faria o que fosse pra ter você comigo outra vez, mas aqueles olhos me maltratavam, chegavam a ser cruéis.

Sem palavras ou gestos, peguei minha mala e saí daquele apartamento, queria que tivesse vindo atrás de mim, me impedido de entrar naquele carro; eu estava descabelada, com olhos inchados e uma tremenda ressaca que não me deixava esquecer de você. Fiquei um tempo na rua esperando você vir até mim e pedir pra ficar, mas você não veio, e aquilo me destruiu por dentro de uma forma que ninguém entenderia, só eu.

Cheguei no meu apartamento e deixei que todos aqueles dias se tornassem noites. Queria deitar e sonhar, me fantasiar e depois acordar e ver que tudo não passou de um engano, mas meu sono não vinha, no lugar dele vinha você, me enlouquecendo, me obrigando a me humilhar pedindo seu perdão. Sim, me humilhei diversas vezes, ligava todos os dias querendo você, mas você nem atendia mais as minhas ligações. Até que uma dessas noites uma mulher atendeu o telefone. Eu não entendia como você poderia ter feito aquilo, desliguei sem ter pronunciado uma palavra sequer e chorei, continuei chorando.

Eu precisava dormir, me desligar dessa realidade. Achei alguns calmantes. Por ansiedade tomei todos, todos aqueles comprimidos pra tentar me desconectar de você, de suas lembranças pelo menos temporariamente, mas parecia que o sono não vinha, não importava quantos comprimidos eu havia tomado, o sono não vinha. Peguei mais uma daquelas bebidas baratas e não deixei nenhuma gota, fiquei lá, embriagada, dopada e abandonada.

Finalmente consegui dormir, mas, para sua infelicidade, nunca mais acordei.
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