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sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Aquele Vestido Vermelho - por ZzipperR

Eu estava caminhando na vida, cansado de ver pessoas passarem apressadas, todos correndo atrás do tempo, tentando modificá-lo, mas não tem jeito, ele é dominador e cruel, vai passando e passando e leva você junto.

Eu pensei que conseguia dominar o tempo, mas não consegui, ele está me levando também. Eu cansei! Vou parar, vou sentar na calçada e olhar as pessoas passarem. Eu vejo crianças passando, vejo velhos caminhando lentamente e também vejo jovens alucinados em seus sonhos, correndo e passando sem realizá-los. Eu continuo aqui sentado e olhando.

O que será que eu estou fazendo aqui sentado? Enquanto eles caminham, correm, sonham e vivem. Eu também quero viver, mas continuo aqui sentado.

Passam tantas pessoas na nossa vida, que um dia cruzaram o nosso caminho e hoje não sabemos onde elas estão. O que será que aconteceu com elas? Eu vou continuar aqui sentado olhando as pessoas passarem.

Senti um choque quando a vi, entre tantas pessoas caminhando leve, seu vestido vermelho voava com o vento, seus longos cabelos negros me encantaram e senti prazer em vê-la passar. Todos passavam sem dar atenção, mas ela não, Ela olhou para mim, deu um sorriso e continuou andando sem parar. Olhei para ela e resolvi segui-la. Ela tinha um caminhar elegante, solto, despreocupado e dominador.

Meus olhos brilhavam e eu não conseguia mais dominar o meu coração, Não sabia o que fazer, mas tinha que chamar a atenção dela. Naquele momento de desespero, peguei uma rosa e corri até ela, olhei nos seus olhos, que eram vermelhos de paixão e tremi de medo, não conseguia falar, mas entreguei a rosa em sua mão. Ela olhou para mim e sorriu, fiquei arrepiado e com medo. Fiquei com medo dela.

Ela continuou andando, com seus passos lindos e a minha rosa na mão, ela é linda, seu sorriso é lindo, seu olhar é lindo. Eu fiquei parado, em transe, sem ação. Quando ela estava quase sumindo, resolvi correr atrás dela e dar a ela um presente. Corri e peguei em seu braço. Naquele momento, ela parou e me olhou novamente, seus olhos eram vermelhos, os meus também estavam vermelhos e ela falou:
- Quem é você?
- Eu sou o amor e quero levar você comigo.
- Para onde?
- Para a felicidade. Vamos?
Ela olhou para mim, sorriu e quis continuar a caminhar, mas eu segurei a sua mão e falei:
- Eu não vou deixar você seguir sozinha! Vou segui-la. Posso?
Ela sorriu, olhou para mim com carinho e falou:
- Vamos!

Ela vai na frente e eu vou atrás, seguindo-a, por todo lugar que ela passar sigo com carinho e com amor, ela caminhando com seus passos mágicos e com aquele lindo vestido vermelho solto voando com o vento.
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ZzzzzzzzzzzzzzzzzzipperRRRRR.......
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Resposta a Meu Casaco Vermelho, de vestivermelho.
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Visitem ZzipperR
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2 comentários:

Manhosa LobaVirtual disse...

Meu Querido Amigo do Coração

Que saudades...
És volátil...evaporas... risos...
Que bom que te encontrei novamente... adoro teus contos... tuas poesias...

Bjs.

helena disse...

A deusa do vento

Ela chega devagar e soprando uma brisa gelada, a gente sente na alma e fica arrepiado, aquele friozinho sobe pelas costas, até a nuca, sopra no ouvido, como se quisesse dizer alguma coisa, lá no fundo, bem fundo, tão profundo que paramos para escutar, mesmo se ela estiver apenas soprando.

Naquele dia em que eu subi na grande pedra, o sol estava forte, não ventava e o calor estava insuportável, parei e olhei o céu. As nuvens estavam formando e mudando o cenário. Do alto daquela pedra, eu avistei um vento forte se aproximando, eu via ao longe a mata baixando com a força do vento, se deliciando com o seu carinho, com movimentos de felicidade.

Quando ela chegou na grande pedra e me viu, se apaixonou, ela não conseguiu sair do meu lado. Eu via e sentia ela girando sobre mim, já não ventava tão feroz mais, ela soprava um vento suave e gostoso.

Eu não sentia mais tanto calor, sentia aquele vento carinhoso e refrescante que dominava e tomava conta do meu corpo, aliviando o calor e tranqüilizando a alma.

A partir daquele momento, percebi que não estava mais só, então olhei atentamente, para ver se conseguia vê-la. Ela estava ali, do meu lado olhando a planície também. Eu fiquei olhando para ela e quando ela falava alguma coisa para mim, eu não escutava, mas sentia o vento soprar em meu rosto.

Ela era linda, mas sua imagem não era nítida, era uma imagem turbulenta, em constante movimento, como se estivesse em um túnel de vento fazendo ondas nos seus cabelos. Fiquei encantado com a sua beleza e sorri, ela sorriu também e do seu sorriso saiu uma brisa refrescante, que atingiu o meu coração.

Resolvi brincar e saí correndo da pedra, Pulei e corri, ela correu atrás e na medida que eu corria, ela vinha fazendo festa atrás, levantando poeira, levantando folhas e soprando um vento forte em mim.

Corremos, corremos muito, no meio das árvores, no meio do campo. Às vezes, ela me ultrapassava e ficava girando, fazendo um roda moinho como uma bailarina dançando, para chamar a minha atenção.

Nosso namoro era lindo, eu ia correndo e ela me beijando com aquele beijo gelado de vento, eu sentia o carinho daquele vento na boca e no rosto, eu corria e ela me abraçava com seu abraço de vento gostoso e refrescante, tão bom que eu sentia na alma.

Um dia, aconteceu uma coisa inexplicável, quando eu corri para a grande pedra, escorreguei e caí de uma altura muito grande, não tive como me defender e fiquei ali no meio da mata jogado. Ela chegou com todo o seu amor e me viu ali caído, imóvel e sem vida. Seu coração ficou desesperado. Ela deu um grito de dor e saiu arrastando tudo, com uma força imensa, tão forte que arrancava árvores, arrastava casas e destruía tudo que encontrava pela frente.

Ela chorava e aquele vento e aquela chuva inundava tudo.

Naquele momento, eu cheguei e acalmei a sua dor, ela me viu e ficou feliz, acalmou e agora sopra suave, um vento bem gostoso, o vento do amor. Agora eu vivo com ela, como vento soprando e brincando no meio das árvores.

***
sol ama lua
lua ama sol

rainha ama rei
rei ama rainha

ZzzzzzzzzzzzzzzzziperRRRRRRRRR e VesssssstIIIIIIIIIIiiiiiiiiiiiiiiiii