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segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Insônia x Flamengo - por Adir Vieira


Sempre me orgulhei de ter um sono tranquilo, pesado e constante durante toda a madrugada.
Hoje percebi que algumas coisas começam a mudar. Essa noite não foi assim. Inexplicavelmente, passei toda a noite em estado de alerta, sem um pingo de sono.
Nas primeiras duas horas de vigília forçada pela falta de sono, tentei imaginar o porquê. Não era admissível que o meu corpo, cansadíssimo dos passeios do dia, não reclamasse pelo seu descanso, sem a mente a lhe provocar, impedindo-o de ali ficar somente se recuperando da energia gasta pela atividade fora da rotina. Não consegui explicação. Nas horas seguintes atribui o fato a alguma preocupação inconsciente, ao que imediatamente rebati, posto que utilizo o sono para a fuga dos problemas mais corriqueiros. Se preocupada estou com o que quer que seja, aí durmo muito mais. Continuei sem explicação.
Com o marido ao lado, ressonando tranquilo e ao fundo uma briga de casal em um apartamento próximo, consegui enfim entender o porquê de não ter conciliado o sono: a discussão do casal.
Ontem,como todo mundo sabe, foi jogo do Flamengo e quase toda a população do Universo gritou MENGO o dia todo. O vizinho, flamenguista doente, não perdeu a oportunidade de assistir à partida no Engenhão que, para minha tristeza, a Prefeitura colocou a algumas quadras da minha residência. Com certeza, deixou mulher e filhos em casa sozinhos, nesse domingo lindo, de calor. Como não poderia deixar de ser, chegou em casa “tocado” pela bebida e pela alegria do seu time de coração ter ganho do adversário que, para dizer a verdade, nem sei qual foi.
Enquanto ele se divertia, a mulher, em casa, engolia a raiva sentida durante todo o dia apenas esperando-o para revidar. O infeliz (ou feliz) chegou em casa quase meia-noite, hora em que se iniciou o embate. O silêncio da noite trazia essa “família” para dentro do meu apartamento e junto com ela os palavrões e todos os barulhos agregados, provocados por cadeiras e almofadas voando uns contra os outros. E olha que a “guerra” ocorria no último andar do prédio em frente.
O relógio já batia cinco horas da manhã quando eu, finalmente, consegui conciliar o sono.
Viva o Flamengo!



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Um comentário:

Ana disse...

Adir, é verdade! Em dia de jogo do Flamengo o Rio praticamente para!
Beijo.