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terça-feira, 24 de novembro de 2009

Discrepâncias - por Ana

Temos nossas igualdades,
Temos nossas diferenças.
Somos iguais na compaixão,
Diferentes sistemas de crenças.

Somos apenas dois espécimes
Da luta cotidiana,
Mais duas variações
Desta natureza humana.



Eu não aceito o que vivo,
Você esbanja tolerância.
Eu quero ir embora daqui,
Você defende a discrepância.

Eu me sinto estrangeira,
A Terra é sua casa;
A humanidade me revolta,
Você é um anjo sem asas.

Eu vejo unidades-carbono,
Você, almas com bondade.
Eu digo: o inferno é aqui,
Você se sente à vontade.

Mas vou semeando a esmo
Tudo o que falta aqui.
Você também faz o mesmo
E eu sonho com harakiri.

Defendo: o que salva a Terra
É o extermínio da humanidade,
Você nem quer ouvir isso
E me acusa de crueldade.

Você vê gente sofrendo,
Extravasa empatia
E eu digo: ser humano é isto,
De forma tranquila e fria.

Cê ama a vida por princípio,
Eu odeio (pós-conceito).
Você crê na raça humana
E eu digo: não tem mais jeito.

Mas distribuo sorrisos,
Mantenho a raiva distante;
Você quase sempre reage,
Imprevisível, inconstante.



Você prefere não ver,
Eu não uso nem um véu;
Eu sou racionalidade,
Você acredita em céu.

A sua crença é teórica,
O meu mundo é empirista;
Você se atraca com a fé,
Eu tenho alma de cientista.

Você reza para os santos,
Eu não acredito em Deus.
Você diz que a vida é bela,
Eu só quero dar adeus.

Você crê em reencarnação,
Eu acho isso duvidoso.
Você não entende de bichos,
Eu acho o Homem asqueroso.

Eu adoro Etologia,
Você não quer nem saber;
Eu observo os animais,
Você odeia quando os vê.

No meu teto, mariposas;
As suas janelas fechadas.
Eu respeito outras espécies,
Você mata a chineladas.

Eu abomino o Homem,
Amo outros animais;
E você esmaga insetos.
Antropocentrismo demais...



Nós temos as duas faces:
Uma ruim, uma boa.
Quase sempre eu mostro a cara,
Você exibe a coroa.

Apesar disto nos amamos,
Vivemos felizes, em paz.
Se ao seu lado, meu amor,
Não quero morrer jamais.
.

2 comentários:

Anônimo disse...

Ainda lamento versos perdidos
Do primeiro comentário
Que pena foram esquecidos
Por este cérebro otário

Mas faço nova tentativa
Vamos ver no que isso dá
Por isso reli prestativa
ao esforço do pensar

Classificas discrepância
O que tem alicerce de amor
Me parece é implicância
Mas como fez, tem louvor

De novo me vem a lembrança
Daqueles nossos avós
O que nos dava esperança
Em meio ao mundo atroz

Por isso tenho que dizer:
Não se atenha à coisas assim
Achou o que já não se vê
Se te incomoda, olha pra mim!

Em meio a Rhus tox, formol...
Está bem, sempre cuidada
E se o outro lado vive em prol
De ter a mente avaliada?

É bonito de se assistir
Às duas almas que flutuam
Há muito em paz sem desistir
Só contra o mal é que lutam.

Pra terminar eu deixo então
A idéia que se faz
E te informo de antemão:
Pra vocês, desejo é MAIS!

Mais de tudo que há de bom
Mais de todo bem que virá
Mais do amor que dá o tom
Pra essa paz se aconchegar.

Ana disse...

Lindo, Anônimo!
Mil beijos, com amor...