Essa variante surgiu devido ao apreço e requinte existente no soneto. Surgiu no século XX, na Espanha, criado por Isidro Iturat, espanhol de Villanueva i la Geltrú, nascido em 1973. Isidro pensou em uma nova forma de soneto e este novo formato caiu ao gosto de vários autores, espalhando-se na Europa.
Em verdade diz o seu criador: “O indriso é uma imagem que a minha cabeça criou de forma espontânea. Às vezes, faço o exercício de visualizar a estrutura dos poemas mentalmente. O indriso surgiu em um momento em que meditava sobre o soneto e em um determinado instante, vi as estrofes da figura clássica se condensando desde o padrão (4-4-3-3) para o (3-3-1-1)”.
Hoje, radicado em São Paulo /Brasil, desde 2005, Isidro leciona literatura espanhola e se dedica à arte da escrita.
Curiosidade
A origem da nomenclatura: sendo o indriso uma variante do soneto, o qual, alguns atribuem a criação a Jacopo Lentini, aconteceu um fato curioso na vida de Isidro: uma garota, contando os seus três anos de idade, esforçando-se em chamá-lo pelo nome, sem conseguir, insistia em dar-lhe o nome de Indriso. Isto chamou a atenção daquele que viria ser o criador da variante do soneto: “o indriso”.
Podemos encontrar no site Indrisos.com a primeira coletânea do autor, “El Manantial”, inteiramente disponível online. Há exemplares em outros idiomas além do espanhol. Inclusive tupiniquês.
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Exemplos (3-3-1-1)
Luna Menguante
................(Isidro Iturat)
El sentauro se asoma por la ventana
Y La mujer dormida está hablando em suemos
Llora y rie porque um centauro la rapta
Cabalga em su sueño la mujer dormida,
Cabalga em su sueño y es cabalgada
Em La selva, nadie la oye cuando chilla
Llora y ríe como nunca em vigília
El centauro la mira por la ventana
Quem Me Dera... Poder Ser Eu!................................(Esther Rogessi)
A lágrima que não chorei,
e o grito que não fiz ouvir,
em mim tranca se fez...
Verdades que não falei,
E, o amor que não vivi...
Assim, minh’alma mutilei.
Quereres que só eu quis...
Eu poderia ter sido feliz!
Em verdade diz o seu criador: “O indriso é uma imagem que a minha cabeça criou de forma espontânea. Às vezes, faço o exercício de visualizar a estrutura dos poemas mentalmente. O indriso surgiu em um momento em que meditava sobre o soneto e em um determinado instante, vi as estrofes da figura clássica se condensando desde o padrão (4-4-3-3) para o (3-3-1-1)”.
Hoje, radicado em São Paulo /Brasil, desde 2005, Isidro leciona literatura espanhola e se dedica à arte da escrita.
Curiosidade
A origem da nomenclatura: sendo o indriso uma variante do soneto, o qual, alguns atribuem a criação a Jacopo Lentini, aconteceu um fato curioso na vida de Isidro: uma garota, contando os seus três anos de idade, esforçando-se em chamá-lo pelo nome, sem conseguir, insistia em dar-lhe o nome de Indriso. Isto chamou a atenção daquele que viria ser o criador da variante do soneto: “o indriso”.
Podemos encontrar no site Indrisos.com a primeira coletânea do autor, “El Manantial”, inteiramente disponível online. Há exemplares em outros idiomas além do espanhol. Inclusive tupiniquês.
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Exemplos (3-3-1-1)
Luna Menguante
................(Isidro Iturat)
El sentauro se asoma por la ventana
Y La mujer dormida está hablando em suemos
Llora y rie porque um centauro la rapta
Cabalga em su sueño la mujer dormida,
Cabalga em su sueño y es cabalgada
Em La selva, nadie la oye cuando chilla
Llora y ríe como nunca em vigília
El centauro la mira por la ventana
Quem Me Dera... Poder Ser Eu!................................(Esther Rogessi)
A lágrima que não chorei,
e o grito que não fiz ouvir,
em mim tranca se fez...
Verdades que não falei,
E, o amor que não vivi...
Assim, minh’alma mutilei.
Quereres que só eu quis...
Eu poderia ter sido feliz!
Indriso publicado como destaque no livro “Versos Inéditos”, jul./09.
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Isidro usa de transparência ao afirmar e defender a tese de que a sua criação inovadora é definida pela estruturação, à qual ele impõe os limites que se seguem, segundo as suas palavras: “O único limite no indriso está na associação dos dois tercetos e das duas estrofes de verso único duplicados, pois é isso o que o define. Em relação a outras particularidades textuais (medida nos versos, rima, temática, estilo, associações de vários indrisos etc.) o autor tem total liberdade criativa.” Palavras de Isidro Iturat quando em entrevista à Revista SAMIZDAT.
Em outra entrevista à Revista Los Argonautas.net, Espanha, mar./09, o escritor e poeta nos esclarece as limitações de tal estruturação e diz: “O indriso é um poema estruturado em (3-3-1-1), que admite qualquer tipo de rima e medida (métrica), nos seus versos.”
Ou seja: sua estrutura é livre quanto a rima e métrica, porém, se não estiver estruturado dentro da forma (3-3-1-1), não será o indriso criado por Isidro Iturat.
As inúmeras variações que se nos apresentam são de outros autores. Os estudos por eles feitos ao longo dos anos deram origens a novas formas de estruturações, geradas do indriso original.
O escritor diz ter conhecido formas e esquemas, tais quais podemos ver a seguir: 3-3-2, 3-3-3-1-1, 4-4-1-1 etc. Autores diversos têm chamado a essas novas formas de indrisos. No entanto, diz Isidro não achar pertinente assumi-los como tais, pois mesmo que sejam oriundos do esquema 3-3-1-1, ficam longe do original. Isto, no tocante ao ritmo, visual e arquétipo. Exorta a todos quantos estiverem usando as novas estruturações a procurarem “outras denominações e/ou nomenclaturas, para se referirem a elas...”
“Devemos considerar o fato de que, assumindo-os, poderíamos cair em uma ILIMITAÇÃO, o que tornaria a sua definição sem sentido” - afirma o escritor. Por outro lado, a escritora uruguaia Teresa Marcialetti apresentou a Isidro uma proposta, a qual o escritor viu de forma diferente, achando coerência em seus estudos. Ela investigou as possibilidades de combinações do 3 e do 1 duplicados. Por sua vez, Isidro, com a devida permissão, também estudou o assunto. Contrariamente a todos os outros esquemas por ele vistos, achou grande afinidade entre o 3-3-1-1 e outras variantes mostradas a seguir, considerando as formas em que os dois tercetos e as estrofes de verso único podem se relacionar.
Isidro acha adequado considerar uma nova terminologia baseada nos conceitos de sístole e diástole, entendendo a transição de 3 para 1 como um movimento de contração do discurso e a transição de 1 para 3 como um movimento de expansão:
3-3-1-1: indriso ou indriso em sístole
1-1-3-3: indriso em diástole
3-1-3-1: indriso de duas sístoles
1-3-1-3: indriso de duas diástoles
3-1-1-3: indriso em sístole interna
1-3-3-1: indriso em diástole interna
Como vemos a seguir existem inúmeras possibilidades de estruturação: 3-3-2-2; 2-2-1-1; 3-3-1-1... Podemos denominá-las indrisos?
O Laço (3-3-2-2)..................(Esther Rogessi)
O amor é um grande laço...
Lindo como o jasmim...
Em minha volta o teu braço,
Não te separas de mim...
O caminho contigo faço,
Apegamo-nos enfim...
Não é de fita esse laço...
Estás contido em mim!
Dele não se desvencilha,
Não se tem como fugir...
Em outra entrevista à Revista Los Argonautas.net, Espanha, mar./09, o escritor e poeta nos esclarece as limitações de tal estruturação e diz: “O indriso é um poema estruturado em (3-3-1-1), que admite qualquer tipo de rima e medida (métrica), nos seus versos.”
Ou seja: sua estrutura é livre quanto a rima e métrica, porém, se não estiver estruturado dentro da forma (3-3-1-1), não será o indriso criado por Isidro Iturat.
As inúmeras variações que se nos apresentam são de outros autores. Os estudos por eles feitos ao longo dos anos deram origens a novas formas de estruturações, geradas do indriso original.
O escritor diz ter conhecido formas e esquemas, tais quais podemos ver a seguir: 3-3-2, 3-3-3-1-1, 4-4-1-1 etc. Autores diversos têm chamado a essas novas formas de indrisos. No entanto, diz Isidro não achar pertinente assumi-los como tais, pois mesmo que sejam oriundos do esquema 3-3-1-1, ficam longe do original. Isto, no tocante ao ritmo, visual e arquétipo. Exorta a todos quantos estiverem usando as novas estruturações a procurarem “outras denominações e/ou nomenclaturas, para se referirem a elas...”
“Devemos considerar o fato de que, assumindo-os, poderíamos cair em uma ILIMITAÇÃO, o que tornaria a sua definição sem sentido” - afirma o escritor. Por outro lado, a escritora uruguaia Teresa Marcialetti apresentou a Isidro uma proposta, a qual o escritor viu de forma diferente, achando coerência em seus estudos. Ela investigou as possibilidades de combinações do 3 e do 1 duplicados. Por sua vez, Isidro, com a devida permissão, também estudou o assunto. Contrariamente a todos os outros esquemas por ele vistos, achou grande afinidade entre o 3-3-1-1 e outras variantes mostradas a seguir, considerando as formas em que os dois tercetos e as estrofes de verso único podem se relacionar.
Isidro acha adequado considerar uma nova terminologia baseada nos conceitos de sístole e diástole, entendendo a transição de 3 para 1 como um movimento de contração do discurso e a transição de 1 para 3 como um movimento de expansão:
3-3-1-1: indriso ou indriso em sístole
1-1-3-3: indriso em diástole
3-1-3-1: indriso de duas sístoles
1-3-1-3: indriso de duas diástoles
3-1-1-3: indriso em sístole interna
1-3-3-1: indriso em diástole interna
Como vemos a seguir existem inúmeras possibilidades de estruturação: 3-3-2-2; 2-2-1-1; 3-3-1-1... Podemos denominá-las indrisos?
O Laço (3-3-2-2)..................(Esther Rogessi)
O amor é um grande laço...
Lindo como o jasmim...
Em minha volta o teu braço,
Não te separas de mim...
O caminho contigo faço,
Apegamo-nos enfim...
Não é de fita esse laço...
Estás contido em mim!
Dele não se desvencilha,
Não se tem como fugir...
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Publicado como destaque no livro “Versos Inéditos”, jul./09.
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Retalhos (3-3-1-1)
Trago em minh’alma múltiplo sofrer,
Chegando assim, a ser, tornei-me nulo ser.
Exausto viver, quero não mais querer!...
Nulo existir, enfim: Quem vive em mim?
Quero sem ter, tenho o que não quero.
Quereres adquiridos sou um ser induzido!
Tecido de carne e sangue, robô sensitivo!
Sentindo e sofrendo, por não agir, morrendo!
Trago em minh’alma múltiplo sofrer,
Chegando assim, a ser, tornei-me nulo ser.
Exausto viver, quero não mais querer!...
Nulo existir, enfim: Quem vive em mim?
Quero sem ter, tenho o que não quero.
Quereres adquiridos sou um ser induzido!
Tecido de carne e sangue, robô sensitivo!
Sentindo e sofrendo, por não agir, morrendo!
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.Fontes de pesquisa: Google; Revista SAMIZDAT e
Revista Los Argonautas.net, Espanha, mar./09.
Revista Los Argonautas.net, Espanha, mar./09.
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Visitem Esther Rogessi
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2 comentários:
Aí ô número cinco!?
Meus olhos acompanham com pesar a dita flama,
Manifestado com os generais e sua bazófia.
Quem abrirá a furna de seus segredos?
Corpos que nunca pereceram sob quem os reclama,
Escanifrado em degredo, registros da história.
Como será a turba de tantos medos?
Versificada intenção, gramática e prosódia.
Desvirtuados sob razão, sorumbático perecemos.
Esther:
Muito interessante a sua explanação!
Parabéns por seus indrisos e pela pesquisa.
Beijo.
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