tração animal, ciclos da desesperança;
Anotações vitais em parco papel,
num bilhete lotérico, sonhos de vingança.
Aprisiona afetos malogrados tristes,
em grilhões de mórbidas cores;
Enquanto a hipocrisia discursando insiste,
em apresentar pedras de parcos valores.
Acerca-se, mesas fartas, migalhas,
nas quais jaz a porção do dia;
Enquanto o que tece loas à caridade,
vislumbra a carência, e dela desvia.
É pois parte sempre à parte, omissa,
mas atuante nos desvarios da boca;
Tentando edificar uma torre maciça,
sobre o fundamento de palavras ocas.
Enquanto a virtude silente se toca,
e dizima a própria colheita;
Sem alarde, sem nada em troca
ameniza o ultraje a desfeita.
Eis a cidade onde a dor viceja!
Injustiças várias fomentam a desdita;
Na via das benesses o tédio boceja,
na senda do rigor, a carência grita.
Visitem Leo Santos
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Um comentário:
Inigualável Leo:
D-E-M-A-I-S!!!
Só tu!
Abraço!
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