Areia movediça,
vulcão encardido,
névoa que o vento desfaz.
As minhas mãos acariciam o dia que nasce.
Imponderável feito o pranto,
eu me descubro,
e me desfaço,
refaço
e me adivinho
no riso desbotado,
nos beijos sem calor,
nos abraços sem corpos,
nas lágrimas sem olhos.
É o que sei da vida:
o fechar de portas, o diluído silêncio,
o mudar de rumos.
A vida passou pela minha ansiedade
em compasso de espera.
Só assim me vejo.
Só assim me explico:
sonho, poesia,
ilusão e berro.
Visitem Marília Abduani
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Um comentário:
LINDÍSSIMA NÉVOA, MARÍLIA! LINDÍSSIMA!!!!
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