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domingo, 5 de julho de 2009

Memórias de um Seminarista (Parte XII) - por Paulo Chinelate

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LONGE DOS OLHOS ou NEM SÓ DE PÃO…


Estou chorando desde que aqui cheguei mas não são lágrimas de saudades nem tampouco de crocrodilo. Estou acometido de grave alergia nos olhos devido o cheiro e fumaça exalados pela Fábrica de Cigarros Souza Cruz, vizinha do colégio onde me encontro hospedado. Quando nos afastamos para um passeio longe da Tijuca e especificamente da Rua Conde do Bonfim, volto à normalidade.
A piscina, campo de futebol e outras atividades, enquanto na referida hospedagem, não estão sendo absolutamente aproveitados, sequer consigo abrir os olhos.
Alvíssaras, hoje vamos subir o Pico da Tijuca e amanhã jogaremos em pleno Maracanã. Em vista de o gerente atual do maior estádio do mundo ser ex-aluno Marista tivemos o privilégio de jogar uma pelada. O único problema é que estão jogando remédio no gramado. Por esta razão só utilizamos a metade do campo. Eu estou me habilitando em ser goleiro, dos bons.
Visitas às praias principais, ao zoológico e museu da Quinta da Boa Vista, às Igrejas da Candelária e da Glória no Aterro, escalar o Corcovado, andar no Bonde de Santa Tereza, estas e tantas outras atividades estão preenchendo os poucos dias de nossas férias.
Realmente não sinto mais a saudade familiar, aliás, já não sentia antes porquanto as atividades do internato não nos permitem parar para pensar.
Voltamos hoje para Mendes, nossa casa, nosso lugarzinho querido, o juvenato.
Neste retorno não tive boas notícias. Embora tenha tido muitas dificuldades no ano letivo por conta de não conseguir acompanhar os colegas oriundos de diversos colégios particulares, principalmente Maristas,conseguira passar do curso de admissão ao primeiro ano ginásio com a nota mínima “seis”. O que fiquei sabendo somente agora é que o Irmão Zeno, nosso reitor, escrevera ao papai dias antes de nossas lautas férias. A resposta só agora recebida me trouxe o conhecimento do teor. Pedira ele ao papai autorização para que eu repetisse o período escolar por conta de tomar maior base para enfrentar o duro ginásio do internato. Autorização dada.
Uma peculiaridade no ensino a que eu me exponho neste colégio é de nós não sermos somente aprendizes comuns mas, e principalmente, de formarmos futuros mestres. Daí a exigência do meu superior.
As alegrias das férias foram-se como por encanto. Tinha me enturmado com colegas tão especiais neste primeiro ano e agora além de separados do convívio mais íntimo da turma ainda teria que dividir as atenções com colegas novatos e menores. Enfim, tangido pela obediência, virtude muito apreciada no ambiente em que me encontro, aceito a determinação. E a vida continua…
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Um comentário:

Ana disse...

Que férias boas, heim, Paulo?!...
rsrs