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quarta-feira, 13 de maio de 2009

Saindo Sushi pelo Ladrão - por Fatinha

Querido Brógui:

Há muito tempo que não dou tantas gargalhadas como ontem, na hora do almoço. Sabe aquelas minhas gargalhadas altas, padrão “comunidade”?
Fui almoçar com Roberta, comer sushi. O restaurante era rodízio. No breve lapso de tempo em que fui ao banheiro, Bobinha começou a fazer o pedido. A fome era negra, acho que por isso minha querida amiga se soltou. Quando começou a chegar a comida, vi que era o suficiente para alimentar uma dúzia de estivadores (se é que um estivador comeria peixe cru). Arregalei os olhos e disse que a gente não ia conseguir dar conta daquilo tudo. Perguntei se tinha alguma multa, algum castigo físico se a gente deixasse comida no prato. Bobinha garantiu que não (tolinha!!!).
Iniciamos os trabalhos. Comemos, comemos, comemos… A quantidade de comida era infinita. Lá pelas tantas, começou a sair sashimi pelas nossas orelhas. Ainda restavam mais de trinta peças para serem comidas, fora os espetinhos, o nirá, o rolinho-primavera… Roberta então, muito sem-graça, me comunicou que teríamos que pagar pelas sobras. Comecei a rir. Desespero? Não. É muito engraçado mesmo a gente ser obrigada a comer, parece que a comida cresce dentro da boca e se multiplica no prato. Como iríamos comer aquilo tudo? Sugeri que começássemos naquele instante a praticar a bulimia. Sabe? Abrir espaço para comer mais. Comi mais uma ou duas peças e joguei a toalha. Não dava. Já estava passando mal. Roberta estava vermelha, quase chorando.
Então, surgiu a brilhante idéia de começar a abduzir as peças, fazer com que elas sumissem de cima da mesa. Na maior cara de pau, troquei os pratos de lugar para ficarem estrategicamente posicionados para facilitar as manobras. Descobri que Bobinha tem talento para Mr. M. A velocidade com que as peças saíam de cima da mesa e iam parar na bolsa dela, foi uma coisa de circo. Tivemos crises de riso, em determinado momento achei que fôssemos ter um treco. Eu ficava vigiando o garçom e ela sumindo com as peças. Ficamos imaginando se na hora de pagar a conta, saísse rolando de dentro da bolsa os sushis. Falei que iria levantar para fazer “paredinha”. Peguei mais guardanapos na mesa vizinha para ela embrulhar a comida. Pensei em roubarmos o prato logo de uma vez. Cheguei a convidar um garçom para almoçar conosco. Lá pelas tantas acho que a gerente ficou com pena da gente, ou com vergonha por causa das gargalhadas ou percebeu que a comida sumia do prato e nenhuma de nós estava mastigando, sei lá. Só sei que ela disse que a gente não ia precisar pagar pelas sobras. Ufa! Me senti alforriada. Até comi sobremesa.
Saldo da tarde: a bolsa da Roberta fedia a peixe, mas estávamos felizes como pinto no lixo. É muito bom transgredir, fazer travessuras, gargalhar até ficar com dor na barriga. Muito bom mesmo. Recomendo.



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Um comentário:

Ana disse...

Fatinha:
SIMPLESMENTE DEMAIS!!!!!
TU É COMÉDIA MESMO!!!!!!
PARABÉNS!!!!!!
Quando é que a gente vai conversar de novo? até hoje eu ainda lembro daquele dia e rio sozinha!
Beijo.