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domingo, 10 de maio de 2009

Mãe, Instrumento Divino - por Jair Antônio Pauletto

Quando os antigos gregos tiveram a idéia de homenagear Rhea, a mãe dos deuses, sabiamente escolheram o início da primavera como a data mais propícia. Nada mais justo que associar esta maravilhosa estação com o papel de mãe. Desde aquela época, passando pela criação de uma data oficial e sua exploração comercial, tudo o que se fez visa tentar reconhecer a importância da mãe no desenvolvimento da humanidade, porém, por mais criativas e calorosas que sejam as homenagens é impossível retribuir a dedicação e o amor que as mães dedicam a seus filhos.
Dotada de um sentimento proveniente do fundo da alma, ela é a responsável pelo abrandamento das tensões entre os homens e, consequentemente, do progresso da civilização humana. Foi através das atitudes e gestos maternos que o homem se afastou da selvageria e brutalidade do desejo de guerrear. A delicadeza e suavidade da mãe permitiram ao homem descobrir a força do amor que, com o passar dos tempos, floresceu em cada nova geração, frutificando-se nos dias atuais, como o alicerce dos mais elevados princípios da humanidade.
Foram as mães as responsáveis pela sobrevivência da humanidade, não somente por reproduzirem em seu ventre a vida e assim garantirem a multiplicação da espécie, mas principalmente por elevar-nos como seres diferenciados, afastando-nos do domínio dos instintos animalescos, humanizando-nos. Sem este gesto, possivelmente não evoluiríamos como seres humanos e certamente os sentimentos de afeto, aconchego e proteção não seriam experimentados.
O desenvolvimento da força da maternidade foi fundamental para frear a brutalidade masculina que, embora importante em épocas mais remotas, teria colocado em risco ou até extinguido a própria espécie, já que a experiência do aconchego materno experimentado logo nos primeiros momentos de vida foi e é fundamental para o desenvolvimento da personalidade, fato hoje comprovado cientificamente. No entanto, é o sentimento, o afeto que a mãe transmite ao filho, que marca e os liga para a vida toda; esse amor materno é tão importante quanto o alimento que todos necessitamos para viver; nele encontra-se o DNA de todas as formas de amor e alegria que a vida nos oferece. É, também, através da pureza e intensidade da energia amorosa que liga mãe e filho que o ser humano encontra forças para trilhar seus caminhos pelo resto da vida.
A mãe é o instrumento utilizado pelo Alto para promover o crescimento humano, despertando-o como ser espiritual, uma vez que ela é o elo entre o corpo e a alma, ou seja, ela nos abriga e molda fisicamente em seu ventre, enquanto Deus nos atribui a alma. Dotada de uma alma especial, a mãe consegue estabelecer uma conexão permanente com o filho, isto faz com que a dor ou a alegria do filho se tornem extensão da própria alma. Acordar em plena madrugada, cansada pela exaustiva dupla jornada de trabalho e atender ao filho sem reclamar é um ato de amor que somente as mães são capazes de cultivar em seus corações.
Todo o trabalho dos grandes mestres da humanidade, especialmente dos lideres espirituais, não teria alcançado e prosperado no coração do homem se não fosse o papel da mãe. É ela que dá as primeiras direções na vida; é ela que introduz os princípios e valores que nortearão os passos do filho, que o incentiva a aperfeiçoar-se e a buscar novos ensinamentos. Por mais distantes que possam estar fisicamente, jamais perderão o vínculo, assim como os ensinamentos maternos sempre servirão de base para a orientação dos próprios filhos ou simplesmente para efetuar as escolhas da vida.
A multiplicação dos valores e ensinamentos dos grandes mestres deve-se muito mais ao papel das mães em plantar, no coração dos filhos, as primeiras sementes que o papel dos diferentes missionários contemporâneos ou da leitura de livros sagrados. É a mãe, que nem sempre é reconhecida e insuficientemente valorizada, a primeira a semear os principais valores humanos que posteriormente constituem no caráter do homem. Portanto, homenagear as mães é tarefa impossível, mas mesmo sendo impossível expressar o que ela significa na vida de cada um nós, devemos manifestar constantemente todo o nosso amor, de forma que ela possa sentir um pouco da nossa imensa gratidão. Beijos, abraços e todas as manifestações de carinho possíveis estão liberadas e devem ser usadas em abundância neste domingo.
Desde criança, sempre desconfiei que a mãe tivesse uma ligação divina para poder desempenhar um papel tão importante: na família, na sociedade e em toda a história da civilização humana. Mas, somente agora, percebo isso com mais clareza o que me permite dizer de todo o coração: Mães, Obrigado! Sem sua presença nossa existência não teria o mesmo sentido. Feliz Dia das Mães.



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