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quinta-feira, 9 de abril de 2009

Soneto 11, de Luís Vaz de Camões - Citado por Penélope Charmosa

Amor é um fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.

Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?



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Um comentário:

Ana disse...

Muito lindo, Penélope!
Camões é Camões!
Também não conhecia na íntegra, só na música.