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domingo, 26 de abril de 2009

O Meninim Cupim Faquir Fraquim - por Raquel Aiuendi

Era uma vez um menininho
Pequeno, pequenininho
Não gostava de comer
E começou a enfraquecer

Não queria comer nada
Nem arroz, angu, feijão
Nada de carne ou rabada
Foi diminuindo e ficou anão

Por isso tinha delírios
Via monstros, fazia vexames
- É fraqueza, nada de colírios.
Disse o oculista após o exame.

Coitadinho do meninim
Delirava: era um cupim
Fraquinho e sem asa
Roía madeira, dançava

Era apenas um cupim
Magrinho e sem asa
Mas sonhava assim
Em carregar sua casa

Pensava em ser forte
Como caracol ter sorte
De conseguir um dia
Levar sua casa com alegria

Tinha delírios em ser
Livre como a mariposa
Asas grandes queria ter
E poder voar todo prosa

Queria ser cantor
Ou saber tocar guitarra
Para espantar sua dor
Acompanhando a cigarra

Os delírios iam e vinham
Nada resolvia seu estado
Dias, meses passavam
Ele, cada vez mais acabado

Esta foi a história
Do Meninim Cupim
Faquir Fraquim
E não da vaca Vitória

Quem não gostou assim
Que mude o enredo
Faça, então, um novo fim
E vá dormir mais cedo

Quem não gostou assim
Vire ao contrário
Faça um novo fim
Que fique mais hilário

Não sabe o que é hilário?
Não precisa dar murros
Procure no dicionário
Que é o pai dos burros.



(Ao Irmãozim Rapazim Grandim Fortim.)
.

Um comentário:

Ana disse...

Legal, Raquel!
Muito lindo e gracinha!