Vamos ver se eu me acho:
Um dia eu tô por cima,
E no outro eu tô lá embaixo!
“Coruja Velha é a Mãe”,
Foi isso que eu escrevi,
Daí só levei pedrada
E por pouco não jazi.
Devemos ter muito cuidado
Com nossas palavras e ações;
Se desviamos um tantinho,
Ferimos os corações.
E eu, sem querer, desta vez,
Ofendi a Escrevinhadora,
Que ficou muito magoada,
Pois envolvi a progenitora
Daquela índia sem sal
Que me desafia sem pena.
Escrevinha, eu compreendo,
Não tenho a alma pequena.
Embora discorde um pouquinho
Da sua colocação,
Eu aceito a reprimenda
E acato a condição.
Mas neste caso, em especial,
Só tomou tal proporção
Porque aceitei o desafio
Do Bruno, nosso amigão,
Que me propôs, num comentário,
Escrever sobre este tema.
Concordei, rimei, postei,
Nem pensei em criar problema.
E a história de coruja,
Foi ela quem começou...
Escreveu no meu perfil:
“Sua... sua... old owl!”
E em relação a isto
Você se pronunciou,
Disse pra eu não ligar
E algo assim destacou:
“Símbolo da sabedoria,
A coruja é tão bela!...”
(Era elogio da índia
Me chamar de coruja velha?!)
Então siga o raciocínio
Que ora apresento em tela:
Se não era ofensivo pra mim,
Não deveria ser pra mãe dela.
E quanto à segunda parte
Da ofensa: olhe a magrela!
Avaliando a idade,
A mãe já deve ser velha.
Então, no final das contas,
Pode-se considerar
Que ela saiu no lucro:
Não há do que reclamar.
Pois, pelo que escrevi,
Primeiro eu elogiei:
Chamei a mãe de coruja;
E velha, eu só constatei.
Entretanto aceito a vaia,
Respeito a opinião,
É pilar forte e importante
Do molde judaico-cristão.
Peço desculpa à torcida,
Se há mais alguém ofendido.
E nunca mais a mãe no meio,
Mesmo sendo merecido.
Mas não devo me furtar
De fazer uma ressalva:
Se outro incorrer no erro
Eu fico com a alma alva
E minha ficha sem marcas
Do crime inafiançável,
Sou libertada da cela
Em caráter irrevogável.
Fico livre para usar
Mamãe, pai, avó, irmão,
E o argumento vou pautar
Na liberdade de expressão.
Ainda devo esclarecer
Uma cláusula contratual:
Foro privilegiado é aqui,
Não se elege outro local.
É Duelos Literários, Internet
(Recursos: Supremo Tribunal).
Data venia, me despeço,
Por entre as grades dou tchau.
Resposta a “Vaia para Ana”, de Escrevinhadora.
Referências: comentário de Bruno D’Almeida em “Indiazinha Sem Torcida:”, de Ana;
comentário de Raquel Aiuendi em “Ana” (*Autores: Quem Somos Nós (Perfis));
comentário de Escrevinhadora em “Coruja Velha é a Mãe”, de Ana.
Referências: comentário de Bruno D’Almeida em “Indiazinha Sem Torcida:”, de Ana;
comentário de Raquel Aiuendi em “Ana” (*Autores: Quem Somos Nós (Perfis));
comentário de Escrevinhadora em “Coruja Velha é a Mãe”, de Ana.
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6 comentários:
E aí, presidiária, vai um bolo com uma faca dentro n próxima visita? Poucas pessoas me fazem chorar de rir, Ana, e você é uma delas. Falei com o Gilmar Mendes, ele disse que vai te soltar! Beijos!
Agradeço a solidariedade e o oferecimento.
Em breve, aqui, no privilégio do foro, cartas made in cela.
Fazer o quê?
Grande Ana, nas letras e no coração,
me faz rir, me faz vibrar
com tanta inspiração.
Pra mostrar minha lisura
na torcida por essa briga
vou impetrar "habeas corpus"
e conseguir tua soltura.
Gde. abraço
como ja tens bons advogados, sei que a verei em liberdade, só me cabe parabenizá-la, pelo bom humor e criatividade... Abraços
Escrevinhadora:
Em lágrimas agradeço o perdão e a iniciativa, sem cobrar honorários...
Vou agradecer à altura de vossa magnanimidade!
rsrs
Leo:
Agradeço, sensibilizada, a solidariedade e os elogios.
Vindo de você, eu considero um SUPER HIPER MEGA ELOGIO!
Gratíssima!
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