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terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Sonhando com o Copacabana Palace - por Adir Vieira

Há pessoas, na vida, tão tranqüilas que são, que nos enchem de paz e nos fazem sentir absolutamente seguras em sua companhia.
É aquele jeito de que tudo está bom.
Tudo é perfeito e transformável ao seu belprazer. Parece que o mundo conspira a favor, dispondo tudo ao redor de uma forma magnificamente feliz.
Ao chegar na casa dessas pessoas você já sente a boa receptividade no ar. Alguma coisa é nova, e aí você sente que mora mal, tamanha a claridade, a entrada de ar e o sol. Ah! O Sol!
Sem exagero, no verão, na sala, se você passar no corpo desnudo um filtro solar ou um bronzeador, vai pegar a cor ideal vendo TV. A sala é ampla e tem dois ambientes, meu sonho de consumo. A decoração de todos os cômodos é alegre como os seus donos e suas paredes são ornadas com quadros multicoloridos, produzidos por uma das moradoras. Ainda na sala temos, a nossa disposição, TV/DVD/som, sem que tenhamos que pular cadeiras para chegar às tomadas.
O janelão, razão de eu nomear a casa de Copacabana Palace, deixa à mostra todo o bairro e nos torna, dentro da casa, uma extensão dele, além de nos fazer visualizar, sem esforço, as moradias de, no mínimo, três pessoas conhecidas. Ah! Se eu tenho um binóculo! Garanto que os três, sem saber, estariam participando do meu “Big Brother”.
Esse mesmo janelão, à noitinha, empurra para dentro o vento, aquele que me lembra as regiões praianas - seguro, suave e constante - que vem para nos refazer do dia e para ordenar nossos pensamentos inúmeros, quando em contato com seres como os donos da casa. Não sei se a proximidade com a casa de entes queridos ou sei-lá-o-quê, essa casa traz uma calmaria inconfundível.
A cozinha, prática e sem as frescuras da época atual, e a variedade de pratos já preparados para a nossa chegada, faz com que nos sintamos em um apart-hotel. Sabe aquela coisa de abrir o frigobar e escolher o que comer na hora que quiser?
Banho, sono? Nunca em horários predeterminados, só depois de cumpridas as conversas intermináveis, a ponto de nos deixar sugar aprendizados dos mais variados estilos, surgidos nos longos bate-papos.
O estranho é que não há, para fortificar o prazer, praia próxima, danceterias, bares da moda, nem restaurantes aprazíveis. Todo esse glamour está dentro da própria casa. Só o que há e enche o ambiente é a presença e a luz dos donos do local, pessoas felizes e designadas para fazer o bem.
Com poucas pessoas assim, no dia-a-dia, tive o prazer e a glória de conviver, mas confesso que um grande vazio se instala em nós, quando deixamos o local, na hora da separação.
Foi o que eu mais senti na minha volta para casa, depois de passar quatro dias em perfeito estado “zen”.
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