Que sorte a minha, dormi e acordei mais velha, mais madura, mais autêntica.
Que sorte a minha, a chuva caindo nos meus óculos e embaçando minha visão não me permitiu ver as coisas à frente e esbarrei, caindo ao chão, e me vi com as mãos em cima de uma moeda de um tostão…
Que sorte a minha!
Que sorte a minha, acordar e constatar que estou viva, forte, saudável e feliz. Que posso programar aquela viagem a Buenos Aires, ver o tango, dançar o tango…
Que sorte a minha, ser dona da minha vida, dos meus atos insanos ou não, da minha alegria, dos meus pés que me levarão onde eu quiser.
Que sorte a minha, ter braços para abraçar, mãos para acariciar, rostos para beijar e filhos com quem sonhar.
Que sorte a minha, ter amigos verdadeiros, leais, humanos e justos que envelhecerão junto comigo e que me farão rir sempre.
Que sorte a minha estar viva!
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Que sorte a minha, a chuva caindo nos meus óculos e embaçando minha visão não me permitiu ver as coisas à frente e esbarrei, caindo ao chão, e me vi com as mãos em cima de uma moeda de um tostão…
Que sorte a minha!
Que sorte a minha, acordar e constatar que estou viva, forte, saudável e feliz. Que posso programar aquela viagem a Buenos Aires, ver o tango, dançar o tango…
Que sorte a minha, ser dona da minha vida, dos meus atos insanos ou não, da minha alegria, dos meus pés que me levarão onde eu quiser.
Que sorte a minha, ter braços para abraçar, mãos para acariciar, rostos para beijar e filhos com quem sonhar.
Que sorte a minha, ter amigos verdadeiros, leais, humanos e justos que envelhecerão junto comigo e que me farão rir sempre.
Que sorte a minha estar viva!
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2 comentários:
Comentário por ana — 29 janeiro 2009 @ 22:23
PLECK PLECK
Dediquei essa crônica ao meu grande amigo REIMER, mas vou dividi-la com todos os outros homens fanáticos pelo controle da TV
Pleck… pleck
Ana Maria Guimarães Ferreira
Sento-se à mesa. A televisão fala qual matraca velha. É um sobe e desce. Notícias boas…. sobe….notícias ruins….desce!
Eu desço cristais, velas, toalhas bonitas. Desço escadas, desço salas, desço as más caras e me deixo meditar…
Aquele ser abjeto que me irrita. Que muda meus sonhos, minhas fantasias emocionais, sexuais, neuróticas…
Que não me deixa ficar concentrada com seu barulhinho infernal… pleck….pleck….
Boris Kasoy começou a falar. Presto uma atenção na notícia importante que ele informa. De repente….pleck!lá se foi Boris Kasoy e em seu lugar aparece o Silvio Santos com aquele seu sorriso amarelo e mexendo com a minha imbecilidade e com a das pessoas, que como eu, caem na besteira de assisti-lo… 7 ou 12?
Tento olhar para os dois concorrentes, estudar rostos, expressões faciais (minha tara de psicóloga) e quando estou quase indo…
Lá vem ele… pleck! E Silvio sai pela esquerda e aparece a Senhora do Destino…
Maria do Carmo com o traste do ex-marido e as angústias reprimidas do amor do companheiro Dirceu.
Chego a suspirar por ela, com ela e meus olhos fixos na telinha esperam o reencontro mas eis que não mais que de repente …pleck!
Ah…..Friends Levei mais de um mês para sacar o seriado. Estava ate começando a gostar mas… Pleck! Friends saiu do ar e entrou Netinho…uhnnnnn
Levanto, vou até o quarto parece que ouvi de novo o miserável do pleck!
Volto correndo…afinal quem verei ou o que conseguirei ver sem ser aos pedaços.
A quem ficarei fiel: a Globo, A SBT, a Record ou a Net…. Qualquer coisa pelo amor de Deus mas Pleck não!
Porque Deus colocou na cabeça dos homens essa infernal vontade de ter o controle da TV nas mãos?
Comentário por ana — 29 janeiro 2009 @ 22:25
M INHA VIDA COM E SEM O COMPUTADOR
Ana Maria Guimarães Ferreira
Depois que inventaram a internet, passei a viver conectada nas noticias, nas coisas que me interessavam e que eu num pequeno clique no Google achava.
Depois que inventaram o Orkut achei amigos, conhecidos, colegas e ate os não tão amigos,mas bastava me logar e pronto ali estavam eles todinhos…
Depois que inventaram o MSN passei as tardes conversando com os amigos, aprendi a digitar tão rápido que acho que nunca terei artrose nos dedos, afinal é muito exercício.
Depois descobri o skype e ai a farra foi total, falei mais que papagaio.
Eu que vivia economizando nas ligações telefônicas passei a falar com amigos, filhos, parentes com todos os que estavam pertinho, como minha vizinha ate com aqueles que estavam do outro lado do mundo como os sobrinhos na Irlanda, filho na Guatemala, amiga no Acre, mãe no Rio, amigos em Recife…
Virei internacional nas ligações sem sentir o peso do real nas minhas costinhas sofridas.
Meus dias se tornaram cheios de novidades e num minutinho eu sabia de tudo.
As vezes a gente acaba sabendo mais do que deve mais do que precisa. Fica sabendo das desgraças no fim do mundo, das incertezas, das tristezas das pessoas.
Ai descobri o blog … nossa me lembro que quando ouvi a primeira vez essa palavra achei que tinha entendido outra coisa e me espantei ao me tornar amiga do blog… coisa boa essa.
Mas de repente… xum! minha amiga Adir , guru e confidente sumiu.
Eu ficava no MSN : “Cadê vc? Sumiu: caiu? Travou?
O provedor e o turbo deixaram-na sem conexões.
Foi o sentimento do vazio que me deixou momentaneamente irritada e ao mesmo tempo preocupada.
Será que vamos ter que voltar a escrever cartas?
Será que vamos de novo para os papos telefônicos encurtados preocupados para a conta não vir alta? Isso me fez refletir sobre essa nova vida “internetizada”…
Descobri que hoje, não posso pensar na minha vida sem estar conectada de forma tão fácil, tão simples.
Aprendi a deletar as coisas sem importância da vida e a guardar em pastas especiais as mais importantes, escanear as boas lembranças e a apagar os pequenos defeitos.
Aprendi a trocar as cores da vida e assim, com um simples toque de comando troco o fundo preto pelo azul da felicidade.
Faço pps dos momentos felizes e transformo as alegrias em jpg e assim quando bate a saudade vou lá , abro o arquivo e revejo tudo.
Uso o Dicionário e corrijo as palavras duras por expressões mais suaves.
E quando um vírus quer se instalar na minha vida, coloco-o em quarentena…
Aprendi que Cavalo de Tróia não era aquele de Alexandre.
Que memória não era uma característica da raça humana e que alguns computadores podem ter Alzheimer, ou seja, pequenas lembranças…
Descobri que travada não era coisa de ciático e caminhada.
Descobri enfim que estar logada não tem nada com drogas.e que depois de virar viciada na net tem que se internar num interior qualquer daqueles onde nem luz elétrica é constante – e passar pela crise de abstinência e dosar a vida em conta-gotas compartilhar arquivos e fotos e mais do que isso compartilhar com amigos não só a voz mas principalmente a presença física, a vida.
Enfim so fiquei mais tranqüila, quando minha amiga entrou no MSN e me disse que o técnico da VELOX estava arrumando , corrigindo, consertando e que logo, poderíamos de novo conversar e colocar os nossos papos em dia.
UFA!
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