Dorme a serpente, há
milênios, em seu escondido lar, enrodilhada nas profundezas da montanha.
Um dia, desperta, pela
reta chaminé subirá em fogo, para o cume.
Ali, vulcão, derramará
lavas pelos campos que o homem lavra.
Ali, vulcão, despejará
cinza quente, degelando a inércia infecunda das almas abortadas.
Ali, vulcão, chamejará
luz e será estrela.
Dali, vulcão, explodirá,
abalando os mundos, despertando os deuses, desfazendo e libertando a montanha.
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