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quarta-feira, 3 de junho de 2009

Oitenta e Oito Anos - por Ana Maria Guimarães Ferreira

Será que alguém viveu tão intensamente como minha mãe?
Dia 27 de junho de 2009 comemoraremos oitenta e oito anos de vida de minha mãe.
Quando falo assim, sem que as pessoas que leem a conheçam com certeza, pensam e imaginam uma velhinha caquética, sentada numa cadeira de balanço, com um xale de crochê sobre os ombros e o rosto enrugado onde apenas um par de olhinhos sem brilho apareceria.
Imaginamos uma senhorinha meio surda, levemente esclerosada que diante de uma mesa de aniversário sequer sabe que estão comemorando o seu aniversário de oitenta e oito anos.
Mas não conhecem minha mãe; aqueles que a conhecem sabem bem do que estou falando. Alguém que ainda hoje cozinha, lava e passa, que viaja sozinha de encontro aos netos, que não falta a um casamento dos netos, aos nascimentos dos bisnetos e, com esforço, às formaturas.
Que faz suas palavras cruzadas, que dá respostas ao Silvio Santos, no seu programa na TV, que faz bolsas de crochê para as filhas, que inventa, acrescenta e constrói.
Que criou netos e até hoje supervisiona tudo.
Que toma conta dos filhos que não tiveram a sorte de se darem bem na vida, que ajuda a todos os vizinhos, parentes e aderentes.
Que cede suas horas para ouvir as tristezas alheias e tem sempre um sorriso franco e uma resposta para tudo.
Que abençoa e nunca amaldiçoa.
Que se dá por inteira e nunca aos pedaços.
Que suplanta as dores físicas sem alarde.
As dores da alma em silêncio.
Uma mulher guerreira que ensinou-nos a difícil arte de amar.
Que amou intensamente a única pessoa com a qual se casou – meu pai.
Que nos amou aos cinco filhos, que teve doçura e paciência conosco e com nossos filhos.
Que, aonde quer que vá, constrói amigos, pessoas que a amam e que querem curtir momentos com ela.
Essa é minha mãe, mas, na verdade, é mais do que isso – é a grande amiga de todos
Sua pele é doce e suave e suas rugas são imaginárias, ninguém as vê.
Seus cabelos teimosos nunca ficam brancos.
Seu corpo ereto nunca se curva nem para a idade nem para os problemas da vida.
Suas mãos nunca se cansam de oferecer apoio, amor e carinho.
Sua paciência foi a de Jó, que Deus deixou de herança para ela.
Até seu nome parece ser feito para ela – DIVA. Nunca conheci outra mulher com esse nome, acho que ninguém merecia esse nome a não ser ela.
E agora, dia 27, todos estaremos presentes nesse reviver, nesse aniversário de Diva, a Guerreira, a Mulher mãe, a Irmã, a Amiga, a Avó ardorosa, a Bisa.
Com certeza nossos desejos serão unânimes – que Deus nos perdoe o egoísmo, mas queremos que ela comemore conosco muitos outros aniversários e que possamos sempre estar perto para aprender um pouco mais de como viver a vida dessa forma doce e forte, corajosa e honesta, leal e amiga.
PARABÉNS MAMÃE – NÓS TE AMAMOS



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Um comentário:

Ana disse...

Demais a Dona Diva!
Beijos pra ela!
Pra você também!