Transcorrerem as horas,
Subvertendo cada segundo
Em destruição.
Consome a putrefação da carne
Etérea das almas.
Transcende a matéria
Em cada badalada.
Súbito de horror
Percorre a espinha da razão,
Faz-me saber que pereço
A cada hora.
Horas não param!
Quando as pálpebras da vida
Fecharem-se sobre os olhos da morte,
O relógio estará no mesmo lugar:
Sisudo, imponente e indiferente perante
O último sopro de vida.
As horas se sucedendo às horas
No perene girar de seus ponteiros
Que marcam relogiosas horas.
Hora da vida.
Hora da morte.
Em torno das horas.
Ora bolas!
Isso são horas?
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Um comentário:
Poeta:
Muito bom!
Abraço.
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