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quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Chutando o Balde - por Adir Vieira


Sei que às vezes bate uma vontade louca de extrapolar. Ignorar prazos, horários, programações, mas é muito difícil levar essa irreverência à frente, quando durante toda a vida fomos basicamente treinados para seguir o mundo, de acordo com o mundo.
Talvez tenha sido isso o que me levou a pensar em como essas situações, na vida, não são tão raras.
Tenho assistido, à minha volta, a casos e mais casos em que essa extrapolação se dá de uma hora para outra, sem avisos sequer.
A nós custa crer que aquele ser perfeitinho, completamente dentro dos parâmetros traçados pela família e pela sociedade, tenha se tornado, num piscar de olhos, aquela pessoa irreverente e absolutamente sem compromisso com o mundo.
Não sei se é a mudança de comportamento dentro do mesmo corpo ou se é a própria forma de se comportar que causa estranheza, mas o que sei é que essa nova performance assusta.
Às vezes penso que o ser humano sempre viverá em busca do que ainda não foi ou não fez e pode ser normalíssimo viver o não vivido, mesmo em formas radicais. Vai depender do almejado, se for estranho ou não.
Tive prova disso assistindo a uma entrevista na TV que mostrava uma anciã, sem cara nem jeito de anciã, aos setenta e nove anos, exibindo um corpo sarado e totalmente tatuado, gabando-se de que passava as madrugadas nas baladas e ainda viajava na garupa de motos dos rapazes adolescentes, seus colegas de “festa”. A despeito de sua grande alegria e exuberante vitalidade, ainda assim, por não ser comum, causa estranheza.
Essa mesma senhora, como a explicar-nos sua mudança comportamental, fazia questão de mostrar fotos dos tempos de jovem, de sua época de casamento, enfim, de vários momentos de sua vida certinha anterior e a todos nós pareceu estar mil vezes melhor agora, diante de toda a sua transformação.
Com meus pensamentos vagando em busca do que a modificou, acerto em cheio na minha hipótese: a busca do vigor físico, a busca da alegria de ser jovem, a busca da felicidade sem compromissos, a busca do viver por viver.
Graças a Deus, ainda existem pessoas que, não dando asas a preconceitos baratos, conseguem se realizar, mesmo que seja lá no “finzinho”.



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Um comentário:

Ana disse...

É verdade, ainda bem mesmo. Antes tarde do que nunca!
Beijos!