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terça-feira, 29 de setembro de 2009

Secretaria Judicial - por Violeta

Estou finalmente a ficar uma mulherzinha. Acabei de vir da Secretaria Judicial da Comarca do meu Concelho… Um episodio lindíssimo e digno, para que possamos perceber que até uma ida a um sitio destes pode ser “delicioso”…
Vamos? Secretaria ju-di-ci-al. Deve ser aqui. É pá!!!! Bem… eu espero que nunca, jamais, JAMAIS digam que a minha casa está desarrumada. Uau… que visão… aqui findam os meus sentimentos de culpa por ser desorganizada. Disse. A repartição é grande, muito cumprida, o balcão… revestido de uma fria pedra negra, mas não consigo descortinar de que tipo… dentro do balcão já não existe mais a típica senhora roliça de meia idade que vestia sempre a blusa de seda… nop… um simpático cavalheiro… que prima pela informalidade sem nunca deixar de ser formal… Espera. Estarei mesmo neste país? Não me lembro de ter viajado… por isso, deduzo que ainda aqui estou. Ah! O espaço. Um delicioso caos visual. Não sei como se consegue trabalhar nestes sítios, não faço a melhor ideia de como o fazem, mas estou certa que devem ter qualquer preparação académica nesse sentido. Uma disciplina na faculdade que se deverá chamar: métodos e técnicas de produção no caos. Delicioso caos. Se esta secretaria fosse um quadro seria de Jackson Pollock. Tela no chão, um furo no fundo da lata e… tinta a viajar pelo tecido. Linhas… Emaranhados de cordões… lombadas assimétricas (muitas delas bem tortas)… linhas labirínticas… as portas dos armários abertas… manchas de tinta… Muito bom… e as garrafas de água pelas secretárias dos funcionários… pingos de tinta… delicioso. O funcionário entrega-me a certidão que lhe pedi… simpático. Acabaram os meus minutos por ali… dez deliciosos minutos na Secretaria Judicial.




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Um comentário:

Ana disse...

Legal, Violeta! Adorei!
Sei exatamente o que você sentiu.
Acho que o funcionalismo público é uma personalidade que se mantém idêntica, independente das fronteiras entre os países. Enquanto lia, parecia que estava numa repartição pública brasileira. Sem tirar nem pôr.
Beijo.