Aquele vazio dentro de você que te define, te envolve, te massacra?
Aquela dor com a qual você luta segundo a segundo, imerso num desespero cego?
Aquela revolta de não ser mais dono de seus dias e noites sofridos, de seus pensamentos agora insistentemente fixos?
Aquele debater convulso e irracional na areia movediça da paixão?
Aquele peso de infindáveis lágrimas que não te deixa caminhar e te apavora?
Aquilo que te arranca de você completamente e te leva à “Inanição”?
Não dá pra rever nada, pensar nada, concluir nada...
Só depois que todo o esforço se transforma em cansaço, em desistência...
depois que o corpo e a mente capitulam por absoluta falta de energia...
que tudo se acalma pelo poder hegemônico da tristeza...
é que então se consegue olhar de novo o que está à volta, retornar ao mundo real, às exigências, aos compromissos e sentir que existe um você para além do vazio, da dor, da revolta, das lágrimas, da inanição.
Daí, então, talvez possa lembrar que possui vida, conceitos e valores próprios, além de expectativas frustradas.
E faz isso lambendo os próprios difíceis machucados, enquanto gane baixinho... e só.
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4 comentários:
Como vc vê, suas escritas são admiráveis. Se sérias, como essa, profunda, vc tira do papel toda a sensibilidade e a devora quando lê. Se hilariante, vc transborda de rir , é assim em tudo. Adorei!
Vc escreve demais!
Beijos,
Diza
Maravilhos,... Um ótimo texto. Nossaaaa você transita por vários estilos e tudo muito bem.Adorei. Parabéns.
Adir:
Ai... vermelha como um tomate mais uma vez...
Muito obrigada mesmo! Eu não mereço tanto... mesmo, mesmo, mesmo!
Beijos!
Jair:
Muito obrigada por seus elogios. Eu também gosto muito do que você escreve, especialmente porque todo post seu traz uma mensagem importante para todos nós.
Um abraço!
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