Coça, coça, não consegue ficar quieto num lugar.
Rodopia pela sala, corre pro quarto também.
Não alcança, não descobre de onde o incômodo vem.
Nunca antes sentira aquilo. Era coisa de endoidar!
Como podia o coitadinho voltar a se aquietar?
É que fato como este não cabia no seu mundo.
Afinal era de estirpe e não um cão vagabundo.
Coça, coça, ele pulava, não parava de rodar.
Procurava no seu pelo, pelo que o ousava perturbar.
Lambia debaixo das patas, roçava o focinho no dorso.
Eis que de uma só investida expulsa o criminoso.
Diante de todos no pátio finalmente se liberta.
Jamais se deixaria sugar, explorar ou sofrer incertas.
Era cachorro de madame, acostumado a bons tratos.
Como admitir permanecer morada de um carrapato?
Visitem Alba Vieira
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Um comentário:
Muito legal, Alba! Adorei! Imaginei direitinho o pobre cachorrinho...
Beijo.
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