A lamentar o que foi ofuscado,
A correr daquilo que não se cala,
A fugir da mais leve menção do passado.
Sombra que, ao mínimo vento, estala.
Atrás de ti há uma sombra difícil
De compreender em seu estar soturno.
Ela é irmã da culpa que carregas
E te tortura em terror diuturno.
Ficas a lamentar o que teria sido,
Pois tuas atitudes hoje te envergonham;
Mas perdoar também serve a nós próprios,
Mesmo que tantos outros se oponham.
Tentas correr do que te apunhala
O orgulho, a soberba e a altivez,
Mas os cortes profundos que te ferem a alma
Têm, por agente, tua insensatez.
Tentas correr do passado, louca,
Ao invés de vê-lo com olhos de bondade,
De entender que antes era outra
Imersa em total ingenuidade.
Esta sombra, ao mínimo vento, some,
Assume outros contornos, vê...
Basta que te vires com coragem
E a olhes fixamente porque:
Atrás de ti há uma sombra escura
A lamentar aquilo que morreu,
A correr do que te traz feiúra,
A fugir do passado que te escureceu.Mas é sombra que, ao mínimo vento, te faz pura.
Inspiração e 1ª e 7ª estrofes: As Nossas Palavras IX, de Aaron Caronte Badiz.
.
9 comentários:
Muito show!
Eu gostei! =)
Ana
Lindo! Muito, muito, muito bom! Você é boa demais!
Beijo
Clarice
Aaron e Ana:
Parabéns a ambos.
Lindo!!!
Kbça:
Muito obrigada!
Um abraço!
Gio:
Obrigada também!
Um abraço!
Clarice:
Muuuuitoooo obrigaaadaaa!
Beijo!
Casé:
Muitíssimo obrigada!
Um abraço!
Gente:
Estou agradecendo tão emocionada!...
Com tantos elogios, nem sei...
Ai, ai...
Thanks for all, com carinho mesmo!
Beijos de fã em todos vocês, que são ótimos nas letras!
Postar um comentário