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(Aviso: Os textos em amarelo pertencem à categoria
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terça-feira, 7 de abril de 2009

Destino - por S. Ribeiro

Abri e escolhi escrever sobre “Destino”. Dele só sei o agora: um energúmeno-infantil jovem e sua voz aguda, suas palavras arrastadas, por vezes inintelegíveis. À tarde depois do almoço, aliás, faltou água. Aliás, Pound diz coisas que me entortam, logo depois de ter me redimido e escrito dois poemas melhores que os dois últimos excluídos, atenção com a lixeira. E molengo e cru, só volto à busca. Destino é a busca. Quis ele no acaso aparecer debaixo de meu cursor. E não existe já mais nada, vocês veem que tudo também não acaba, a contradição ambulante também. Encontrada a certeza, só o que tens nas mãos é mutável. Achei que expondo minha lírica ao mundo a liberdade me tomaria, mas, bem, ainda tem uma perna presa na porta da sala. Não sou um ensaísta, nem um intelectual, por enquanto ainda só me resta este tapete, em cima de mim. Pó, pó, pó! E cada verso é uma garrinha que risca o chão e se repete, só há isto a fazer. Quem vai me levantar do chão? Precisa? Estou buscando e isto que resta.
Luto e vomito, estou aqui, a saber.



(Este texto recebeu o título “Destino” para o Duelos,
mas em meu blog o texto tem o título de
“Pequena coisa incerta textual constante obsedante esquecível”.)
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Retirado de S. Ribeiro_Poesia
Ezra Pound .

Um comentário:

Ana disse...

Muito bom, S. Ribeiro!
Parabéns!