Só porque tenho torcida!
Você tá doida da vida!
Já viu que não tem saída!
Que tem amigos, eu sei,
Pois se faz de coitadinha
E os corações compassivos
Vêm te dar uma mãozinha.
Verdade, aí, passou longe,
Tu nem sabe o que é isto:
Manda caô à vontade!
É até um troço esquisito...
Também gosto do embate,
Agradeço os elogios,
Mas me chamou de jumento...
Já partiu pro desafio!
E não esqueci, inclusive,
Que num comentário aí
Me falou “coruja velha”
E vou responder aqui:
Coruja velha é a mãe,
Jumento é o senhor seu pai.
Manda a bola que eu rebato,
Cê nem vê pra onde vai.
Estraçalho mesmo, sempre,
Arrebento sem ter dó,
Mando sempre muitas notas,
Você fica numa só.
Naquela nota que é fria,
Fora do diapasão:
Querendo ter muitos fãs
Só na dissimulação.
Que falsas acusações?
Você não citou nem uma!
Começa e não termina,
Argumento não arruma.
E que opiniões erradas?!
Não emito opinião:
Apenas mostro pra todos
Sua triste condição.
Eu tive algum ato falho?
Falhou tu, que não mostrou.
Eu não falho, minha filha,
E tu, outra vez... moscou.
Falar em Moscou me ocorre:
A coisa pra tu tá russa!
Vai entrando em guerra quente,
Com esse abraço de ursa.
E forte eu sou realmente,
Infalível sou também,
Por isso eu tenho torcida!
É só pra quem pode, meu bem...
Desprezou meus caros fãs!
Diz que deles não depende!
Ligue, não, povo querido,
Ela só geme e ofende.
Tenho link com a galera.
Tenho mesmo, e daí?
Eu linko sempre, com amor,
E eles linkam para mim.
Não tenho torcida-escudo,
É torcida triunfal:
Com pompons e bandeirinhas,
Cornetas e ola geral!
(E em especial agradeço
A Bruno, por suas palavras,
Cronista fenomenal,
Me inspirou com sua lavra.)
Manipulo é o teclado
Muito bem, sabe você;
Meu curso não vem ao caso,
Tô aqui para escrever
Com a intenção de divertir
A mim e a todos também,
E pra você eu só digo:
Comigo, nem vem que não tem.
É claro que todo mundo
Te aguarda com ansiedade,
Pra que eu leia teu rascunho
E corrija com a verdade.
Tu não é despretensiosa,
Nem aqui nem lá na China:
Pretende ganhar de mim
Com seus versos-purpurina.
Mas tá enganada, garota,
Se pensa que vai conseguir:
Tu nem consegue arranhar,
Que dirá me destruir!
E se você quer torcida,
Eu resolvo o seu problema:
Basta ler com atenção,
Até o fim, o poema.
Pra todos mando um beijão,
Com a partida decidida:
Deixei a bichinha no chão
Desesperada e... contorcida!
Resposta a “Com ou Sem Torcida...”, de Raquel Aiuendi
e comentário de Raquel Aiuendi em “Ana” (*Autores: Quem Somos Nós (Perfis)).
.
8 comentários:
Ana, você é miserável! E ainda me coloca no bolo! Como seus versos e os de Raquel são quadrinhas rimadas, vou contratar um repentista para fazer duas emboladas. A primeira epopeia vai ser chamar Coruja velha é a mãe, e outra A indiazinha feliz contra o baixo astral. (Desculpem, vou parar de escrever porque estou me acabando de rir...)
Agradeço, ainda caindo de rir, o elogio e também as sugestões. Pode contratar o repentista, que eu vou gostar muito disso, mas meu cérebro já começou a funcionar em relação aos dois temas. Aguarde!...
Como se diz aqui na Bahia...tenha medo! risos
Bruno, falar em Bahia, tu é um cabra arretado!!!! Também gostei da idéia dos repentistas, pode mandar!!!
Bjs,
Tá manero, rsrsrs...
Tá manero, não!
Tá DEMAIS!
Até eu rio quando leio!
Dizer só 'tá manero' é despeito!
Mas eu aceito: tu não pode gloriar o inimigo, tô sabendo.
rsrsrs
Ana, você é imbatível,
Está simplesmente demais!
Vai ter fluxo literário na China.
Parabéns de novo!
beijos,
Diza e Jorge
Nossa, vocês duelam até em comentário! vamos fazer o seguinte: vocês duas criam as emboladas com o mote que eu escrevi, daí todo fim de semana tem uns repentistas que ficam passando pelas barracas do Imbuí, bairro de Salvador. Dou um trocado pra eles musicarem e gravo na hora, com um mp4, no meio da rua. Por mais amador, cruel e inaudível que fique...risos....e posto aqui no blog.
Shintoni, tem algum problema? o blog aceita arquivo ou plugin de áudio? Se não puder áudio, eu gravo em vídeo, mas aí dá um pouquinho de trabalho.
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