Decidi comprar um notebook e usar internet sem fio. Começou aí minha via crucis. Primeiro me informei sobre várias operadoras que ofereciam o serviço. Quando optei pela marca, tomei o cuidado de experimentar o pequeno aparelhinho de uma vizinha pra ver se o sinal era bom. Achei excelente e isso fortaleceu minha escolha. O próximo passo foi verificar o prazo de entrega. Como precisava do aparelho para dois dias depois, ao invés de comprar pela internet, fui à loja para adquiri-lo com pagamento à vista. Levei o dinheiro - R$ 300,00, já que o mesmo custava R$ 299,00 - e minha carteira de identidade do CRM em que constam, além do registro no órgão, o número da identidade do Félix Pacheco e o número do CPF.
Aprovei o modelo que eles tinham, já que ao invés do de cor branca mostrado na internet, só tinham em estoque um de cor preta. Mas qual não foi minha surpresa quando me solicitaram um comprovante de residência que eu não portava, já que iria efetuar a compra à vista e, além disso, eu já era cliente da operadora. A vendedora me disse que não haveria problema não estar com o comprovante, pois tentaria, caso a conta de luz de minha casa estivesse no meu nome, tirar uma segunda via pela internet. Eu achei ótimo, já que não precisaria voltar em casa. Aí, esperei mais algum tempo, até que ela voltou e falou “graças a Deus a senhora paga as suas contas em dia, mas por isto eu não poderei tirar a segunda via e então será necessário trazê-la para mim”. Não entendi o graças a Deus e, resignada, fui buscar a conta em casa.
De volta, crente que o problema estava sanado e eu teria o aparelhinho nas mãos, fui informada por outra atendente que estava fazendo o cadastro, que eu teria que voltar em casa novamente para pegar a carteira do CPF, porque a operadora não aceitava CPF que constava de carteiras de Conselhos. Fiquei pasma e irada, quase estava desistindo da compra, mas ponderei que isto iria atrasar ainda mais a minha necessidade de ter internet sem fio em dois dias para realizar um trabalho importante, e resolvi atender à exigência da dita operadora.
De posse do CPF que peguei indo em casa pela segunda vez, finalmente concordaram em me vender o desejado aparelho. Assinei os contratos, recebi as cópias, paguei R$ 300,00 pelo mesmo e não me deram troco. Fui informada que em 24 horas ele seria habilitado e que eu teria 48 horas para trocá-lo caso o modem viesse com problemas. Achei aquilo nefasto, mas voltei pra casa satisfeita, de posse do meu 3G.
Chegando, fui logo conectar o 3G ao computador. Estava morto, o led não acendia e não fazia acesso à internet. Ponderei que tinha que esperar. Tentei, até expirarem as 24 horas, outras tantas vezes e nada acontecia. Liguei para o atendimento e me informaram que iriam reforçar o sinal (que, segundo eles, estava fraco) e em 4 horas ele estaria funcionando. Quatro horas depois, deu o primeiro sinal de vida: o led estava aceso, mas acessar a internet ainda era impossível. Nova ligação para o atendimento, a quarta naquele dia, e o funcionário disse que iria abrir uma ordem de serviço porque, segundo ele, o modem estava ok, mas o aparelho estava com problemas na configuração. Foi então que acabei descobrindo que a configuração tinha sido feita em outro número de CPF (e pensar que eu tive que voltar em casa para pegar a carteira do CPF porque a operadora não aceitava CPF constando em carteiras de Conselhos, mesmo o CRM, com tantos anos de existência e idoneidade!). Bom, o fato é que, segundo o atendente, a solução só deveria ocorrer dentro de uma semana. Já eram quase 2 horas da madrugada e eu, que precisava do 3G naquele dia, resolvi então cancelar a compra.
Acordei, fui à loja, e lá não quis discutir os problemas nem as soluções que poderiam ser dadas. Queria meu dinheiro de volta, cancelar a compra. Como a minha cara não era de amigos, prontamente me atenderam, devolvendo-me a cópia do contrato, o atestado de cancelamento e o dinheiro: R$ 300,00. Mas me pediram R$ 1,00 de troco, pois não tinham, na loja, R$ 299,00. Informei que no dia da compra não me deram R$ 1,00 de troco, ao que a funcionária respondeu que só poderia me devolver R$ 299,00. Respirei fundo, engoli em seco e parti com a única nota de R$ 50,00 que tinha na bolsa para trocá-la comprando algo. Entrei numa loja de produtos naturais, já que estava “calma”, comprei um pacote de arroz integral e consegui, enfim, R$ 1,00 para o “troco”.
Só assim concretizei o cancelamento da compra do meu 3G, voltando, 48 horas depois, ao ponto de partida.
Conclusão: comprei um 3G por R$ 300,00 e para cancelar a compra gastei R$ 1,00 e ainda tive que comprar um pacote de arroz integral. E, neste momento, estou aguardando a habilitação de outro 3G de uma outra operadora. Mas, é CLARO que eu não posso dizer qual foi a operadora que me causou todo este transtorno.
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Aprovei o modelo que eles tinham, já que ao invés do de cor branca mostrado na internet, só tinham em estoque um de cor preta. Mas qual não foi minha surpresa quando me solicitaram um comprovante de residência que eu não portava, já que iria efetuar a compra à vista e, além disso, eu já era cliente da operadora. A vendedora me disse que não haveria problema não estar com o comprovante, pois tentaria, caso a conta de luz de minha casa estivesse no meu nome, tirar uma segunda via pela internet. Eu achei ótimo, já que não precisaria voltar em casa. Aí, esperei mais algum tempo, até que ela voltou e falou “graças a Deus a senhora paga as suas contas em dia, mas por isto eu não poderei tirar a segunda via e então será necessário trazê-la para mim”. Não entendi o graças a Deus e, resignada, fui buscar a conta em casa.
De volta, crente que o problema estava sanado e eu teria o aparelhinho nas mãos, fui informada por outra atendente que estava fazendo o cadastro, que eu teria que voltar em casa novamente para pegar a carteira do CPF, porque a operadora não aceitava CPF que constava de carteiras de Conselhos. Fiquei pasma e irada, quase estava desistindo da compra, mas ponderei que isto iria atrasar ainda mais a minha necessidade de ter internet sem fio em dois dias para realizar um trabalho importante, e resolvi atender à exigência da dita operadora.
De posse do CPF que peguei indo em casa pela segunda vez, finalmente concordaram em me vender o desejado aparelho. Assinei os contratos, recebi as cópias, paguei R$ 300,00 pelo mesmo e não me deram troco. Fui informada que em 24 horas ele seria habilitado e que eu teria 48 horas para trocá-lo caso o modem viesse com problemas. Achei aquilo nefasto, mas voltei pra casa satisfeita, de posse do meu 3G.
Chegando, fui logo conectar o 3G ao computador. Estava morto, o led não acendia e não fazia acesso à internet. Ponderei que tinha que esperar. Tentei, até expirarem as 24 horas, outras tantas vezes e nada acontecia. Liguei para o atendimento e me informaram que iriam reforçar o sinal (que, segundo eles, estava fraco) e em 4 horas ele estaria funcionando. Quatro horas depois, deu o primeiro sinal de vida: o led estava aceso, mas acessar a internet ainda era impossível. Nova ligação para o atendimento, a quarta naquele dia, e o funcionário disse que iria abrir uma ordem de serviço porque, segundo ele, o modem estava ok, mas o aparelho estava com problemas na configuração. Foi então que acabei descobrindo que a configuração tinha sido feita em outro número de CPF (e pensar que eu tive que voltar em casa para pegar a carteira do CPF porque a operadora não aceitava CPF constando em carteiras de Conselhos, mesmo o CRM, com tantos anos de existência e idoneidade!). Bom, o fato é que, segundo o atendente, a solução só deveria ocorrer dentro de uma semana. Já eram quase 2 horas da madrugada e eu, que precisava do 3G naquele dia, resolvi então cancelar a compra.
Acordei, fui à loja, e lá não quis discutir os problemas nem as soluções que poderiam ser dadas. Queria meu dinheiro de volta, cancelar a compra. Como a minha cara não era de amigos, prontamente me atenderam, devolvendo-me a cópia do contrato, o atestado de cancelamento e o dinheiro: R$ 300,00. Mas me pediram R$ 1,00 de troco, pois não tinham, na loja, R$ 299,00. Informei que no dia da compra não me deram R$ 1,00 de troco, ao que a funcionária respondeu que só poderia me devolver R$ 299,00. Respirei fundo, engoli em seco e parti com a única nota de R$ 50,00 que tinha na bolsa para trocá-la comprando algo. Entrei numa loja de produtos naturais, já que estava “calma”, comprei um pacote de arroz integral e consegui, enfim, R$ 1,00 para o “troco”.
Só assim concretizei o cancelamento da compra do meu 3G, voltando, 48 horas depois, ao ponto de partida.
Conclusão: comprei um 3G por R$ 300,00 e para cancelar a compra gastei R$ 1,00 e ainda tive que comprar um pacote de arroz integral. E, neste momento, estou aguardando a habilitação de outro 3G de uma outra operadora. Mas, é CLARO que eu não posso dizer qual foi a operadora que me causou todo este transtorno.
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2 comentários:
Será que foi das operadoras de telefonia brasileiras que Kafka tirou inspiração pra escrever O Processo?
Alba:
Que via crucis, heim?!
Ninguém merece!
Serviço de telefonia no Brasil é só isso mesmo: eles fazem o que querem.
Boa sorte com seu segundo 3G!
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