Era um dia comum. Apenas mais um, entre tantos outros, tantos iguais.Sol quente, pessoas circulando às pressas, atentas apenas aos seus afazeres, desatentas aos semelhantes.Ninguém se importa com os outros, são somente outros. Que sigam seus caminhos. E não atrapalhem o meu. É o que pensam, é como agem.
Vejo um senhor caminhando pela rua. Rosto simpático, olhos e pele claras, bochechas rosadas. Cabelos brancos como neve, barba rala e também alva. Calças largas, sapatos e cintos pretos, camisa sóbria. Leva um discreto par de óculos pendurados por uma fina corrente ao pescoço. Caminha tranquilamente, cumprimentando a todos. Distribui pirulitos às crianças, sorrisos aos adultos. Sorrisos contagiantes, diga-se.
Figura que se diferencia da multidão. Figura que chama a atenção. Páro por alguns instantes para observar. O mundo que espere. Algo inusitado está acontecendo.
Ele continua sua caminhada. Com a mesma tranquilidade. Sempre.
Chega até mim. Coloca os óculos, cruza os olhos com os meus. Olhos azuis que irradiam paz. Estende-me a mão. Cumprimenta-me.Retribuo, calado. Sem palavras, na verdade. Apenas admiro, sem reação.Busca na sacola um pirulito, volta a olhar-me nos olhos e diz:
- Tome, meu filho. É seu. Você só queria parar por alguns instantes, não era isso? Queria pensar na vida. Agradecer a quem o ajudou. Pedir perdão a quem feriu. Doar-se mesmo que por breves momentos a quem precisa. Acertar alguns rumos. Eis aqui o seu tempo. E, de quebra, tem sabor de framboesa!
Os pensamentos se misturaram. A confusão tomou conta. A única pergunta que consegui fazer:
- Papai Noel?
Seguiu-se um leve sorriso, seus olhos agora mais brilhantes. Sua mão agora em meu rosto, morna, terna. E a resposta:
- Basta acreditar, filho. Basta acreditar….
E seguiu seu caminho.
Vejo um senhor caminhando pela rua. Rosto simpático, olhos e pele claras, bochechas rosadas. Cabelos brancos como neve, barba rala e também alva. Calças largas, sapatos e cintos pretos, camisa sóbria. Leva um discreto par de óculos pendurados por uma fina corrente ao pescoço. Caminha tranquilamente, cumprimentando a todos. Distribui pirulitos às crianças, sorrisos aos adultos. Sorrisos contagiantes, diga-se.
Figura que se diferencia da multidão. Figura que chama a atenção. Páro por alguns instantes para observar. O mundo que espere. Algo inusitado está acontecendo.
Ele continua sua caminhada. Com a mesma tranquilidade. Sempre.
Chega até mim. Coloca os óculos, cruza os olhos com os meus. Olhos azuis que irradiam paz. Estende-me a mão. Cumprimenta-me.Retribuo, calado. Sem palavras, na verdade. Apenas admiro, sem reação.Busca na sacola um pirulito, volta a olhar-me nos olhos e diz:
- Tome, meu filho. É seu. Você só queria parar por alguns instantes, não era isso? Queria pensar na vida. Agradecer a quem o ajudou. Pedir perdão a quem feriu. Doar-se mesmo que por breves momentos a quem precisa. Acertar alguns rumos. Eis aqui o seu tempo. E, de quebra, tem sabor de framboesa!
Os pensamentos se misturaram. A confusão tomou conta. A única pergunta que consegui fazer:
- Papai Noel?
Seguiu-se um leve sorriso, seus olhos agora mais brilhantes. Sua mão agora em meu rosto, morna, terna. E a resposta:
- Basta acreditar, filho. Basta acreditar….
E seguiu seu caminho.
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Um comentário:
Comentário por edinaldo miller — 23 dezembro 2008 @ 13:15
Adorei a historia, cara. A parte com que o personagem pára pra observar o Papai Noel, é de se “parar” e prestar atenção no texto, que te leva por si só, predendo totalmente a atenção. Sinceramente gostei mesmo. Abraços. Boas festas
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