Levo os meus dias de poeta me repetindo,
me procurando,
me perdendo nesse desencontro de nós mesmos.
Até que me assusto ante um espelho
e esse velho com ar de menino
me espiando,
meio sorrindo,
vagamente conhecido
desembestando.
Levo os meus dias de poeta me achando,
pedaço por pedaço,
me torturando nessa lida,
no cansaço,
me produzindo e blasfemando.
Até que me encontro por inteiro,
ex-despedaçado,
catado e recolado
num enorme devaneio.
Levo os meus dias de poeta jogando,
apostando,
uma mão imprecisa, imperfeita,
perdendo e blefando;
me construindo e maldizendo
esse destino feito de rimas,
ou nem tanto,
de papel e muita tinta,
muito tema
sem parada e sem descanso!
[Adhemar - 01/02/2009]
A Hidra de Hércules
-
Querido Brógui, A Hidra é um ser da mitologia grega que tem o corpo de
mulher e sete cabeças em forma de serpente e foi criada por Hera, que vem a
ser a es...

