alucinado. Animal de olhos de fogo.
Selvagem e louco. Esse animal acuado
que perde sangue no jogo. Essa fera
que te ataca e te resiste. Que por pouco
não te mata. Ah, essa desenfreada que me existe
e me devora. Porque despertá-la agora
já que há tanto vinha adormecida.
Porque assustá-la assim em meio ao sono.
Porque arrancá-la bruscamente de seu sonho
e transportá-la de repente para a vida.
Porque despertar em mim essa cavala doida
que vai te galopar de corpo inteiro. Enlouquecida
que vai se ferir em meio ao trote. Porque atiçar esse bicho
que nessa luta vai morrer primeiro.
Que vai morrer de fome, de grito, de garganta enxuta,
de tanta entrega. Dilacerado de tanta força bruta.
Porque despertar essa besta que me habita
que se torna cruel e desumana quando aflita.
Porque gritar com ela no silêncio de um sono branco
em que já vinha há tanto. Porque provocá-la em meio ao espanto
quando ainda não era o seu tempo.
In “No Ritmo Dessa Festa”............................................
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Um comentário:
Bruna é Bruna!
O resto é bruma!
Beijos, Penélope!
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