Eu já nasci meio virada da cabeça. As pessoas diziam que eu era meio esquisita, estranha... A curva de crescimento foi subindo e trazendo adjetivos mais corpulentos: doidinha, pancada, amalucada, doida varrida, pirada, maluca, doida de pedra, 22, psicótica, alucinada, egressa, esquizofrênica, louca, alienada, demente, diazepina...
Fui encaminhada ao psiquiatra ainda na infância e recebi o diagnóstico do agnóstico: “Pode ser psicose ou alter ego.” Na dúvida, medicou. Com as pilulinhas, cortei vestidos, amarrei rabo de gato, estinlinguei vizinhos, esganei cachorro, iniciei criação de carrapato, fui de camisola pra igreja, fiz uma extensa coleção de origamis com os livros didáticos, vesti fantasia de fada que só tirava pra tomar banho, tosei o cabelo para ficar igual ao Kojak, entre outras pequenas coisas... Obviamente, a medicação foi suspensa. Não se falou mais em médico. Optaram pela versão alter ego.
Depois da adolescência eu sosseguei um pouco: chamada à responsabilidade, tentei não frustrar a família e a mim mesma. No entanto, sempre que podia, manifestava este lado irreverente, mal compreendido e ainda discriminado por todos que me conheciam.
Um dia, assistindo à TV com minha sobrinha, me deparei com um personagem de desenho animado que dirimiu todas as dúvidas e trucidou as minhas possíveis (e impossíveis) culpas. Descobri que não era psicose, não era alter ego. O que eu tinha era alter Helga!
Fui encaminhada ao psiquiatra ainda na infância e recebi o diagnóstico do agnóstico: “Pode ser psicose ou alter ego.” Na dúvida, medicou. Com as pilulinhas, cortei vestidos, amarrei rabo de gato, estinlinguei vizinhos, esganei cachorro, iniciei criação de carrapato, fui de camisola pra igreja, fiz uma extensa coleção de origamis com os livros didáticos, vesti fantasia de fada que só tirava pra tomar banho, tosei o cabelo para ficar igual ao Kojak, entre outras pequenas coisas... Obviamente, a medicação foi suspensa. Não se falou mais em médico. Optaram pela versão alter ego.
Depois da adolescência eu sosseguei um pouco: chamada à responsabilidade, tentei não frustrar a família e a mim mesma. No entanto, sempre que podia, manifestava este lado irreverente, mal compreendido e ainda discriminado por todos que me conheciam.
Um dia, assistindo à TV com minha sobrinha, me deparei com um personagem de desenho animado que dirimiu todas as dúvidas e trucidou as minhas possíveis (e impossíveis) culpas. Descobri que não era psicose, não era alter ego. O que eu tinha era alter Helga!
.
.
.
.
.
.
4 comentários:
Ana,
Estou rindo até agora.
Fenomenal!
Então, está explicado!
O post ficou muito "marra" com a Helga.
Bjs,
Adir
Muito bom. Irreverente, cômico e diferente.
Adorei
Paabéns
ANA
Gostou da minha explicação, Adir?
Obrigada...
Bom, devo dizer que isto explica QUASE tudo. rsrs
Tenho mais maluquices do que pode suportar a minha querida alter Helga.rsrs
Beijos!
Puxa, Ana Maria!
Obrigada por seu comentário!
Beijo.
Postar um comentário