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quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

O Caos e Eu - por André Dametto

Sou vítima, quando percebo que a violência nua e fria da manchete de jornal se origina do nosso lado, embrionária, em gotas diárias de ignorância, de desrespeito, de desencontro;
Sou culpado, quando admito que também sou violento, quando critico e fecho portas, sem dar a chance de o bem nascer no outro;
Sou cúmplice, quando vejo tudo acontecer ao meu redor, culpo o outro e deixo de fazer a minha parte;
Sou diferente, quando busco o autoconhecimento, a aceitação do meu bem, do meu mal, e os conjugo em forma de desenvolvimento, ofertando o que posso ser de melhor;
Sou amoroso, quando reconheço que o maior Amor que existe é o reconhecimento de que ninguém e nada nos torna merecedores da Vida, a não ser nós mesmos. E conquistada esta sabedoria, viver é amar, e amar é ter ternura;
Sou confuso, pois conhecer não é saber, e admitir isto é ao mesmo tempo desalentador quanto desafiante, e agora…
Sou assim, é, sou assim…
O caos também sou Eu.



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4 comentários:

Anônimo disse...

Comentário por Léo... — 14 janeiro 2009 @ 17:05

Voa Saia

Complexas tessituras
Fluem puras
Simples no ver
Cotas castas esvoaçam
Vassouras vastas
Intrincadas
Em arredias redes
De meu rude querenço
Padeço
Penso que avanço
O solavanco acusa o caso
Acompanho o passo
Sem me mover de fato
Dissonantes entrelaços
Me invadem esparsos
Reflexos fixos
Luzem diáfanos
Contra a derme Contrastante
Intra-volumosas teias
Das quais teces a medida
Que as superfícies estendidas
Das faces das coxas
Negras
Grossas
Revelam-se sem querer

Léo…

Anônimo disse...

Comentário por Casé Uchôa — 15 janeiro 2009 @ 18:06

Bacana, André, Parabéns!

Anônimo disse...

Comentário por Andre — 17 janeiro 2009 @ 14:58

Obrigado Casé, viva as letras!

Anônimo disse...

Comentário por Ana — 21 janeiro 2009 @ 9:41

Muito bom, André! Gostei! Parabéns!