Antigamente Julia, feminista e seguidora de Leila Diniz, detestava
o dia dos namorados por não possuir um.
Hoje ela não
gosta da data porque além de ser uma data comercial inventada para o comércio
vender mais para o gado (povão) , tem
mais de um rapaz querendo ser sua cara-metade e ambos exigem sua presença nesse
dia.
Motivos não lhe
faltam para querer estar só e continuar detestando a referida data comercial.
Segundo a feminista,
o dia dos namorados agrada apenas as mulheres banais ávidas por regalos de homem,
afinal a carteira é dele.
Fruto de uma sociedade consumista, capitalista
e machista que condicionou a mulher ser infeliz
se possuir a carteira do casal, a fã de Leila Diniz que é mais abastada que os dois
postulantes de seu amor, não vislumbra uma luz no fim do túnel de seu terrível
drama.
Dinheiro,
machismo e a liberdade sexual feminina modificaram para sempre as relações
sociais, mas, preservaram os mesmos hábitos monetários. Os homens nunca mais
foram felizes com ascensão feminina ao mercado de trabalho. Julia chora só
diante do espelho embaçado de seu banheiro no dia dos namorados.
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