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(Aviso: Os textos em amarelo pertencem à categoria
Eróticos.)




segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Chuva, Chalé, Xixi e Outros Bichos - por Ana

Chovia fino. Um dia deprê. Então lembrei das Fatinhas. Elas encaravam qualquer parada, então fui pro msn. Estavam lá. Fui direta:
- Vamos sair?
- Com esta chuva?
- Pra onde?
Fatinha (a escrevinhadora não Escrevinhadora) definiu:
- Um amigo meu, das caronas dos bebum, tem um chalé em Petrópolis. É pertinho, a gente pode ir lá. Eu pego vocês.
Fatinha-Escrevinha, apesar de estar com a perna engessada, prontamente concordou.
Pelo caminho elas foram planejando encontrar uma boate, clube, inferninho, o que fosse, para me levar pra dançar, já que eu nunca tinha feito isso. Eu ia rezando pra elas esquecerem, pois detesto estas coisas, mas não tava com cara de que eu ia me livrar da noitada.
De repente, o pneu furou. Derrapa pra cá, derrapa pra lá, entre tontas e assustadas, salvaram-se todas, graças à habilidade de Fatinha Barrichello.
Carro no acostamento, trocamos o pneu. Frio, chuva, nós ensopadas, bateu aquela vontade doida de fazer xixi. Vimos uma casinha a alguns metros da estrada. A única.
- Vamos lá?
- Vamos.
- Moça, dá pra gente usar o banheiro? É emergência total!
A senhora apiedou-se. Confiou. Pareciam sérias aquelas moças tão educadas.
Entramos. Ela apontou a porta ao final do corredor e foi pra cozinha terminar o almoço. Tinha hora.
Fomos as três em direção ao banheiro. Eu entrei. Tava mais desesperada. Inspecionei: era limpinho, dava pra usar. De repente, algo verde me chamou a atenção, ao lado do vaso, de olhos esbugalhados em mim, pronto pro salto. Gritei:
- Gente! tem um SAPO aqui!
Fatinha, prontamente:
- Sapo ou perereco?
E a gente dana a rir.
- Para, Fatinha! Assim não dá pra segurar!
- Ué, mas cê tá do lado de dentro! Pior a gente, aqui fora!
- E eu vou ao banheiro com um sapo doido me olhando? Pronto pro bote?
- Qué que tem? É só um sapo! - Escrevinha.
- Ou perereco! Manda coachar pra ver se tem sotaque gaúcho! - Fatinha.
- Para, gente!
Ao dizer isso, me virei e dei de cara com um Jesus tamanho natural na porta do banheiro, de frente pro vaso, naquela posição de bênção, olhos nos olhos.
- Jesus!
- O quê? - Escrevinha.
- O perereco grudou na perna dela, só solta com raio! - Fatinha.
E tome gargalhada do lado de fora.
Abri a porta. Falei pra entrarem. Fechei a porta.
- Olhem... e olhem. - disse, apontando.
As cabeças iam do sapo pra Jesus e de Jesus pro sapo.
- Tem condição?
Não tinha.
Saímos agradecendo à senhora a gentileza, tentando controlar o riso. Escrevinha, na porta, alertou:
- Há um sapo no seu banheiro.
- Ih... Esqueci de avisar... é de estimação. É o Perereco.
Caímos na gargalhada. Fomos embora sem parar de rir, nos contorcendo em agonia.
A mulher não entendeu nada. Na hora do almoço narrou o acontecido ao marido.
- Então foi isso, Amadeu... esse povo é doido... pareciam pessoas sérias e saíram rindo, do nada, se torcendo todas que nem lagarta em chão quente.
- Devem ter ido ao banheiro se drogar, Filomena, vai ver iam pro sítio daquele maconheiro, o Fininho.
- Não se pode confiar em mais ninguém neste mundo...
E Filó foi verificar se seu amado bicho de estimação tinha sido afetado pelas drogas e pedir perdão a Jesus por ter permitido que pessoas tão desqualificadas maculassem seu sacrossanto banheiro.
Enquanto isso, as três, em meio a “ais Jesus” e todas as gargalhadas do mundo, procuravam, desesperadas, uma moita pelas redondezas.
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Um comentário:

escrevinhadora disse...

Então foi por isso que você demorou pra escrever, hein? Queria arrasar....pois conseguiu...rsrs...Parabéns, muito bom