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“O quarto é o 909. A porta fica aberta. Quando chegares, entra.” E deitei-me sobre a cama, duas almofadas debaixo da cabeça, um livro de poesia nas mãos. Por mais que tentasse ler, regressava sempre ao mesmo verso, “porque aqui não se pode amar, senão deixar-se amar”, por me parecer mesmo verdade e ficar a pensar nisso ou porque a ansiedade me imobilizou qualquer gesto. Eu estava à tua espera há muito tempo, é bem verdade.
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“O quarto é o 909. A porta fica aberta. Quando chegares, entra.” E deitei-me sobre a cama, duas almofadas debaixo da cabeça, um livro de poesia nas mãos. Por mais que tentasse ler, regressava sempre ao mesmo verso, “porque aqui não se pode amar, senão deixar-se amar”, por me parecer mesmo verdade e ficar a pensar nisso ou porque a ansiedade me imobilizou qualquer gesto. Eu estava à tua espera há muito tempo, é bem verdade.
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Pintura: “quarto”, de Violeta
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.Excerto do capítulo “Quarto 909”, do livro “Amor Portátil”.
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