e ir sem desistir, sempre voltando;
figura a perseverança, o baile do mar,
quanto preciso aprender do oceano!
Afinal, após uns tombos e umas fraturas,
joguei a toalha, no ringue da espera;
o que sonhei em conjugações futuras,
pretérito mais-que-perfeito eu quisera…
É que Netuno tem mais forte braço,
conhece o oculto de todas as cavernas.
Meus sonhos, restritos a tempo e espaço,
restos mortais, em tumbas eternas.
Aí vejo na areia uma sina pior,
ignorância depositando suas sobras:
Triângulo do avesso, afronta ao Maior,
pedindo um peixe ao pai das cobras.
Me refaço e volto aos meus pensamentos,
de que a força é frágil, se tem uma dona;
peso-pesado que derrubou a trezentos,
e o mal de Parkinson levou à lona…
Mas o dono do peixe não é o mar,
pois mesmo ele, imenso, presta contas;
fé, esperança e amor, no devido lugar,
não porei do avesso minhas três pontas…
Visitem Leo Santos
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Um comentário:
Nossa!
que lindo.
beijos
Mari
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