No
início, não notei. Depois, percebi que me olhava sempre e sempre intensamente!
Aquele olhar intenso provocou algo em mim. Não soube decifrar logo... Aos
poucos, fui correspondendo aquele olhar com igual intensidade. Quando estávamos
perto um do outro, a conversa fluía natural e continuamente.
Engraçado...
Nunca passou disso... Olhar e olhar intensamente... Conversar e conversar
continuamente... Mas aqueles olhares eram tudo de bom... Durante mais de uma semana,
olhamo-nos sempre e sempre intensamente!
Na
minha racionalidade, sabia que aquilo teria um fim, mais cedo ou mais tarde.
Emocionalmente, não queria que isso acontecesse, embora não soubesse ainda como
lidar com essa emoção. Há tanto tempo que não sentia nada igual! Há tanto tempo
que estava acostumada à minha inatividade emocional.
Mas
como foi bom sentir-me olhada, percebida, viva! Foi muito bom enquanto durou...
Vamos ver o que a vida vai nos reservar... Se é que vai mesmo nos reservar
alguma coisa...
De
repente, não mais que de repente, o coração envia mensagens criptografadas e
condensadas que vão se revelando, pouco a pouco, claras e cristalinas.
A
troca de olhares provoca uma corrente elétrica que vai adentrando o ser, e
deixa uma sensação de satisfação e saciedade. O que é isso? O que significa? De
onde vem? Veio para ficar? É passageiro?
O
coração não quer entender; só quer sentir.
A
razão não quer sentir; só quer entender.
Porém,
como entender um sentimento? Para quê? Necessidade de compreensão não há. O que
se sente é só para sentir, não para entender...
Coração
e razão estão dialogando... É um diálogo difícil, pois cada um acha que está
certo. Onde vão chegar? Se é que vão chegar...
Texto classificado em primeiro lugar no concurso “Falando
de amor II”
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