auxilia muita gente:
o roto, o esfarrapado,
o mendigo, o indigente.
Sou notória costureira
na ONG da minha favela,
no bloco lá do meu bairro
e na escola da cancela.
Um dia vou ser famosa,
estar no Programa do Jô,
ir à Ana Maria Braga
e até conversar com o Clô.
Neste dia, meu amigo,
eu nem vou acreditar,
vou falar de tudo um pouco,
se não começar a chorar.
Mas o mais importante de tudo,
mais que a fama, que o glamour,
foi, com certeza, a obra
desenvolvida em Bangu.
Ensinando os pequeninos
a coserem com cuidado
artesanato lindinho
pr’eu vender no Corcovado.
Com o dinheiro arrecadado
foi construído um abrigo
para garotos de rua
que foram morar comigo.
Então eu posso dizer,
com toda satisfação,
que minha caixa de costura
não é só meu ganha-pão.
Ela é minha alegria
e de tanta gente também
que vive, feliz da vida,
no Lar de Dona Neném.
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