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domingo, 30 de agosto de 2009

A Mulher Invisível - por Ana Maria Guimarães Ferreira

Era uma mulher de estatura média, porém passava despercebida por onde quer que fosse. Ninguém a enxergava, ninguém a via.
Entrava nos gabinetes, nos palácios, nas mansões e nenhuma câmara a fotografava.
Dizem que era de outro planeta, de outra dimensão...
Há quem jurasse que ela era descendente do Drácula: nos espelhos e nas máquinas fotográficas, nos filmes que gravavam as pessoas, ela não aparecia...
Outros menos crédulos achavam que ela não era nada disso, mas sim que os equipamentos de segurança não funcionavam, como tudo falhava na República das Bananas e como tinham defeitos sérios, só registravam por um segundo e depois apagavam.
Tudo isso não seria motivo de escândalo, se não fosse a visita secreta que ela fez a Tia Mariquinhas. Foi escondido comer bolo durante a noite ou foi ouvir o pedido da tia para abandonar o vício de ficar verificando a vida dos outros.
Ninguém sabe, mas o que se sabe é que ela, atendendo ao pedido da tia, acelerou o processo. A tia disse que ela estava surda e que não ouviu direito. A prima jura que ela não esteve lá, que foi um sonho e que tia Mariquinha não pediu nada.
O tio, que era o dono da casa, considerou que ela estava mentindo ou que devia estar com Alzheimer e assim se lembrava de coisas muito antigas e confundia com o presente...
Como ninguém sabe quem estava com a razão, o caso foi levado ao Conselho de Astracam e contratado o maior de todos os detetives para tentar descobrir onde estava a verdade, com quem estava a verdade... E um moço de boné de xadrez e um cachimbo na boca, diante de tanta confusão, disse, do alto de sua sabedoria inglesa:
- O que acontece é que ela realmente é a mulher invisível, por isso não foi vista pelos sensores da casa. E no dia da visita ela se esqueceu de colocar a máscara nas mãos e na face e assim, diante de sua invisibilidade, ninguém conseguiu ter a chance de ver que ela estava realmente ali. Assim, ninguém a viu, mas as conversas foram ouvidas por ela que, acostumada a ajudar a tia, levou o pedido adiante.
E ele terminou dizendo:
- ELEMENTAR, MEU CARO WATSON... Elementar...



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Um comentário:

Ana disse...

Ana Xará:
Legal sua história fantástica! Adorei!
Beijo.